Absurdo: CBF e FPF absolvidas?
A CBF e a FPF estão ganhando de 2 a 0 no Tribunal de Justiça de São Paulo e próximas da absolvição no caso Edílson Pereira de Carvalho.
É de corar.
Uma juiza acompanhou o relator ao se dizer "incapaz" por "não entender nada de futebol", como se a questão fosse esportiva, não criminal.
E o relator perdeu-se em divagações futeboleiras, com referência até ao gol de mão de Maradona.
Resta um terceiro voto, do juiz Antonio Vilenison, que pediu vistas e saiu da sala dizendo que não concordava com quase nada que fôra dito.
Menos mal.
Que o julgamento siga para mudar o rumo do absurdo que se desenha: inocentar duas entidades responsáveis pela escalação de um árbitro que, sabidamente, com publicação do diploma falso, falsificou documentos para se tornar árbitro e seguiu apitando mesmo depois da denúncia publicada e de o árbitro confesssar o crime.
Dois anos atrás, em primeira instância, a CBF foi condenada a pagar R$ 160 milhões e a FPF R$ 20 milhões, em ação do Ministério Público paulista em defesa do torcedor fraudado no Campeonato Brasileiro de 2005.
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