A plantada de Neymar
O chapéu dado por Neymar sobre um jogador do Botafogo de Ribeirão Preto, cujo nome não precisa ser citado tantas bobagens disse depois, a ponto de não merecer vestir a camisa um dia usada pelo Doutor Sócrates, repercute até agora, pelo mundo afora.
Voltei a vê-lo diversas vezes hoje, porque embora o jogo estivesse sendo transmitido pela ESPN em Cartagena das Índias, na Colômbia, perdi o lance no momento em que aconteceu.
De volta a São Paulo, me deliciei.
Como chamar a jogada?
Ocorre-me, salvo melhores ideias que certamente haverá, chamá-la de plantada.
Porque ele deu o chapéu com a planta do pé na bola contra a grama e deixou plantado, sem ação o rival do Botinha.
Soube que houve quem dissesse que foi sem querer, que ele quis matar a bola e ela escapou de seu contrôle, encobrindo o rival.
Pode ser.
Mas deixo duas perguntas.
Uma: por que essas coisas só acontecem com craques?
Duas: quando ele a repetir, o que dirão?
Pelé, na primeira vez em que fez tabela com o pé do adversário, também foi acusado de não ter feito de propósito.
E tantas vezes repetiu a tabelinha que deixou os incrédulos com cara de tacho.
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