Foi bonita a festa, tchê!
Mais de 60 mil gremistas viveram uma noite histórica e inesquecível agora há pouco em Porto Alegre, na bela e gaúcha festa de inauguração da moderníssima Arena Grêmio.
O convidado especial, o adversário no mundial de 1983, os alemães do Hamburgo, cometeram a gafe de jogar de calções vermelhos no estádio em que até as placas da Coca-Cola têm fundo azul com letras brancas.
André Lima marcou, aos 9 minutos, o primeiro gol do palco que substitui o Olímpico e que, sem atrapalhar nenhum jogo do tricolor, foi erguido em apenas dois anos, sem dinheiro público, diferentemente do se dá em todos os estádios, públicos ou privados, que serão utilizados na Copa do Mundo.
O Brasil é mesmo um país sui generis.
O novo estádio não receberá a Copa, enquanto o Beira-Rio, praticamente fechado para reforma, será a sede do Rio Grande do Sul no campeonato mundial.
Sim, o entorno da nova casa gremista ainda não está pronto e há polêmica em torno da parceria feita para erguê-la e para explorá-la — mas este é um tema para os gremistas e para as entidades privadas nele envolvidas.
O jogo entre gremistas e germânicos foi apenas um detalhe.
Um time em férias e em meio ao clima festivo, o outro exaurido por ter jogado na sexta-feira na Alemanha e chegado poucas horas antes da partida na capital gaúcha, acabou, depois de empate do Hamburgo no começo do segundo tempo, nos mesmos 2 a 1 do Japão, graças a Marcelo Moreno, aos 42.
Já o debate que os homens sérios do país deveriam travar em torno da Copa no Brasil, contaminado pela paixão clubística de um lado e pelos absurdos públicos e privados do outro, perdeu-se envolto pela desfaçatez que o tem caracterizado.
O Grêmio e os gremistas, no entanto, não têm nada a ver com isso e estão de parabéns.
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