Topo

Blog do Juca Kfouri

Santos empata na Recopa e Palmeiras segue na Sul-Americana

Juca Kfouri

23/08/2012 00h01

Enquanto Botafogo e Palmeiras disputavam um jogo horroroso no Engenhão, Universidad de Chile e Santos faziam um bom jogo no estádio Nacional de Santiago.

O Palmeiras jogava com o regulamento da Copa Sul-Americana debaixo do braço, com o 2 a 0 conquistado no jogo de ida.

O Santos, ao contrário, sob chuva, frio e gramado pesado, não tinha postura de visitante, na primeira partida decisiva da Recopa, a chamada final abortada, pelo Boca Juniors e pelo Corinthians, da Libertadores deste ano.

Mais ofensivo, o Santos teve duas ótimas chances com Neymar e Ganso, até que Neymar fez uma jogada sensacional pela direita entortando dois chilenos até ser derrubado fora da área e o árbitro argentino achar que foi dentro.

Antigamente se dizia que pênalti roubado não entra e Neymar escorregou na cobrança, mandando a bola nas nuvens, aos 18 minutos.

Aí, no Engenhão, a arbitragem brasileira não ficou atrás e, aos 35 minutos, Lucas recebeu pela direita em impedimento, sofreu pênalti do goleiro Bruno, o árbitro deixou seguir porque a bola sobrou para Seedorf fazer 1 a 0.

Mas o deus dos estádios estava em noite de fazer justiça e, 17 minutos depois, Barcos achou Patrik para que ele marcasse o gol de empate: 1 a 1.

O jogo estava ruim, mas estava bom para os paulistas.

Os dois primeiros tempos terminaram empatados, com o Palmeiras com a mão na vaga das oitavas de final, porque o Botafogo precisaria fazer 4 a 1, e com La U pressionando o Santos e criando três boas oportunidades para abrir o placar.

Os segundos tempos começaram com o Botafogo pressionando em busca do milagre e com Durval evitando o gol chileno.

Aos 11, Renato pôs o Glorioso outra vez na frente, para apimentar o clássico que mostrava os cariocas a 1000 por minuto.

O gol chileno amadurecia e o Santos se encolhia.

E o Palmeiras tentava cozinhar o jogo, coisa com a qual, naturalmente, o Fogão não concordava.

A tal ponto era a discordância que, aos 27, Lodeiro tratou de fazer o 3 a 1, em contra-ataque em altíssima velocidade.

Faltava um gol para materializar o milagre no Engenhão, embora Barcos tenha perdido o segundo gol alviverde.

No Chile, André saiu e entrou Miralles, algoz de La U quando jogava no rival Colo-Colo.

O Botafogo alugava meio campo e bombardeava a defesa de handebol do Palmeiras.

Só que, a exemplo do Coritiba, ganhou mas não levou.

O Verdão, que já está na Libertadores, segue na Sul-Americana para enfrentar o Millonarios colombiano ou o Guarani paraguaio.

Patito Rodriguez saiu e Felipe Anderson entrou no Santos aos 43 para ganhar tempo e ver Neymar mandar uma bola no travessão que foi um pecado, embora, se entrasse, seria injusto.

A decisão ficou mesmo para o jogo da volta, só no dia 26 de setembro, no Pacaembu.

O jogo no Rio acabou mais animado que o de Santiago…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/