Sim, a América é preta e branca
O Corinthians simplesmente desconheceu o papão Boca Juniors.
E numa noite feérica no Pacaembu, transformado em sanatório geral, ganhou sua primeira Libertadores e coloriu o continente americano em preto e branco.
Nada mais adequado se lá em cima tem um negro no comando dos Estados Unidos e, aqui embaixo, duas mulheres, no Brasil e na Argentina.
A noite de 4 de julho decretou a independência corintiana e escancarou as veias abertas da América Latina.
Além de ter nomeado um Sheik das Américas, algo inusitado, mas merecido para quem infernizou e calou o Boca, além de ter feito os dois gols corintianos.
Campeões invictos houve outros da Libertadores, mas, com 14 jogos, como o Timão, nenhum.
Aliás, no máximo com sete jogos, a metade do que o Corinthians conseguiu.
A lua no Pacaembu era lua cheia, de São Jorge e fazia sete meses da morte do Doutor Sócrates.
Em meio à festa, dois objetivos: o bi mundial diante do Chelsea, em dezembro, no Japão e o da Libertadores, no ano que vem, caso o Corinthians resolva permanecer disputando essa taça tão pouco civilizada.
Agora, ah, agora aguenta!
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, dia 5 de julho de 2012.
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