Quarta-feira, 13, para quatro gigantes brasileiros
Dois embates entre quatro gigantes brasileiros movimentam o futebol nacional e internacional.
No nacional, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, que dá seus últimos suspiros antes de ser substituído pela nova arena gremista, um clássico que dominou parte dos anos 90 é o primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil, entre Grêmio e Palmeiras.
E o tricolor gaúcho é favorito a tal ponto que, se duvidar, liquida a fatura antes mesmo do jogo de volta.
No futebol internacional, o mais antigo dos clássicos paulistas começa a decidir uma vaga na final da Libertadores.
O Santos, também favorito embora em menor medida que o Grêmio, recebe o Corinthians na Vila Belmiro em busca do inédito, para o nosso futebol, tetracampeonato continental.
Anuncia que jogará completo, com Arouca e Ganso já recuperados, apesar de ainda haver quem aposte ser apenas um blefe.
Já o Corinthians, atrás do título que lhe falta, não faz mistérios e confia no conjunto que lhe deu o último título brasileiro.
Se as semifinais da Copa do Brasil parecem limitadas às torcidas envolvidas na disputa, as da Libertadores extrapolam as massas de Santos e Corinthians, e a Fiel corintiana é tão superior que atrai contra si a maioria dos torcedores pelo país afora.
É o preço que pagam as maiorias diante das minorias que lutam pelos mesmos direitos, coisa tão velha, e legítima, como a própria humanidade.
Retrato tão verdadeiro que, mesmo que todos reconheçam no Santos o melhor time, o papel de Golias fique para o Corinthians, na natural torcida pelo Davi.
O curioso nisso tudo é que se para o Santos o Corinthians é o diabo, para o Corinthians diabos mesmo são o Palmeiras e o São Paulo.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 13 de junho de 2012.
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