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Blog do Juca Kfouri

Corinthians na final espera Boca ou La U

Juca Kfouri

20/06/2012 23h55

Foto: Leandro Moraes/UOL

No primeiro tempo do Pacaembu lotado por 38 mil torcedores e molhado, só um time jogou, ou tentou jogar, porque o outro não jogava e tentava impedir que se jogasse.

O que lhe valeu o conhecido castigo que a bola costuma impor: num lance, o craque investiu para cima da muralha, abriu na direita, quem recebeu foi à linha de fundo, veio o cruzamento rasteiro, certeiro, forte, para o leve desvio do centroavante oportunista mandar a bola na trave e o craque pegar o rebote embaixo do travessão e fazer 1 a 0.

Desnecessário dizer que o time que queria jogo era o Santos e que o craque é Neymar, autor do gol, aos 35 minutos.

Só aí o time que não queria jogo, o Corinthians, foi para o jogo e, aos 43, por pouco não empatou,  em bela defesa de Rafael em cabeçada esperta de Jorge Henrique, de peixinho.

Parecia certo de que, no segundo tempo, enfim, teríamos jogo.

O Corinthians voltou com Liedson no lugar de Willian.

Em seu primeiro lance, aos 2 minutos, sofreu falta que Alex bateu e Danilo recebeu para empatar.

Tinha jogo!

O Corinthians agora encaixotava o Santos como fizera na Vila Belmiro e o marcava na frente, na saída de bola.

Antes dos 30, Muricy pôs Elano e Leo nos lugares de Adriano e Juan.

Experiência e inteligência, carisma, na busca da vaga na final.

Aos 34, Dimba, no lugar de Borges, tudo ou nada.

Um gol, para qualquer lado, definiria o finalista.

Jogo ruim, mas tenso até a medula.

A bola queimava em quase todos os pés, no de Ganso, inclusive, em má jornada.

O Corinthians segurou o fim do jogo sem correr riscos e no embalo da Fiel.

De quem precisará na final, dia 4 de julho, no Pacaembu, contra Boca Juniors ou Universidad de Chile.

Chega invicto à sua primeira decisão, apenas três gols sofridos em 12 jogos.

No dia 4 de julho, o dia da Independência americana.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/