Corinthians na final espera Boca ou La U
Foto: Leandro Moraes/UOL
No primeiro tempo do Pacaembu lotado por 38 mil torcedores e molhado, só um time jogou, ou tentou jogar, porque o outro não jogava e tentava impedir que se jogasse.
O que lhe valeu o conhecido castigo que a bola costuma impor: num lance, o craque investiu para cima da muralha, abriu na direita, quem recebeu foi à linha de fundo, veio o cruzamento rasteiro, certeiro, forte, para o leve desvio do centroavante oportunista mandar a bola na trave e o craque pegar o rebote embaixo do travessão e fazer 1 a 0.
Desnecessário dizer que o time que queria jogo era o Santos e que o craque é Neymar, autor do gol, aos 35 minutos.
Só aí o time que não queria jogo, o Corinthians, foi para o jogo e, aos 43, por pouco não empatou, em bela defesa de Rafael em cabeçada esperta de Jorge Henrique, de peixinho.
Parecia certo de que, no segundo tempo, enfim, teríamos jogo.
O Corinthians voltou com Liedson no lugar de Willian.
Em seu primeiro lance, aos 2 minutos, sofreu falta que Alex bateu e Danilo recebeu para empatar.
Tinha jogo!
O Corinthians agora encaixotava o Santos como fizera na Vila Belmiro e o marcava na frente, na saída de bola.
Antes dos 30, Muricy pôs Elano e Leo nos lugares de Adriano e Juan.
Experiência e inteligência, carisma, na busca da vaga na final.
Aos 34, Dimba, no lugar de Borges, tudo ou nada.
Um gol, para qualquer lado, definiria o finalista.
Jogo ruim, mas tenso até a medula.
A bola queimava em quase todos os pés, no de Ganso, inclusive, em má jornada.
O Corinthians segurou o fim do jogo sem correr riscos e no embalo da Fiel.
De quem precisará na final, dia 4 de julho, no Pacaembu, contra Boca Juniors ou Universidad de Chile.
Chega invicto à sua primeira decisão, apenas três gols sofridos em 12 jogos.
No dia 4 de julho, o dia da Independência americana.
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