Assim falou JJ, o dono...
Em depoimento ao Blog do Perrone, o presidente do São Paulo FC , Juvenal Juvêncio, se pronunciou mais uma vez.
Em resumo, disse:
"Não entendo a postura de alguns jornalistas que só ficam dizendo que o Oscar tem o direito de jogar onde quer. (…)
O Internacional comprou 50% dos direitos do jogador, o BMG também. Quem recebeu esse dinheiro, se o São Paulo era o dono e não recebeu? (…)
Não mudei minha posição, eu quero o jogador de volta."
Como um desses alguns jornalistas, esclareço, pela última vez , o que penso a respeito e que não entra na cabeça de quem não é neutro na questão, ou que mesmo sendo padece de nostalgia escravagista:
1. Não discuto os erros do atleta, de sua família, a emancipação aos 16 anos, o oportunismo do Inter e, menos ainda, de seu empresário, figura notória e inconfiável.
Discuto apenas um preceito constitucional.
O que dá ao trabalhador o direito de trabalhar onde escolher, algo que está acima dos nebulosos contratos entre clubes, jogadores e empresários.
Parece claro que Oscar tem de pagar a multa contratual e que esta deva ser arbitrada pela Justiça, já que uma parte quer pagar x, a outra quer receber y e a distância entre x e y é considerável.
Posso estar mais uma vez enganado, mas suponho que, mais cedo ou mais tarde, será exatamente isso que a Justiça fará, com bom senso para que o profissional possa seguir exercendo seu ofício.
E que Oscar continuará no Inter.
Porque a Justiça não aceitará nem que Oscar tenha dono e nem que deva ser submetido ao querer de quem quer que seja além do dele mesmo.
Simples assim.
E que neste tipo de rolo, todos, repita-se, todos os clubes agem da mesma maneira, deixando qualquer princípio ético de lado para reclamar quando se sentem prejudicados.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/