Mais uma tragédia no Egito
Nada que tenha acontecido no futebol ontem, como a classificação do Flamengo e do Inter para a fase de grupos da Libertadores, é assunto diante dos mais de 70 mortos e mil feridos, cerca de 200 com gravidade, por causa de uma guerra entre torcedores do times egípcios do Al-Masry e do Al-Alhy, do Cairo, em Port Said.
Claro que o futebol, aí, foi mero estopim numa situação em que a rivalidade em clima de ódio entre as duas torcidas se mistura com a tensão política vivida pelo Egito desde que começaram os conflitos que culminaram com a queda do governo de Hosni Mubarak e que prosseguem contra os militares que assumiram o poder.
Só que em vez de acontecerem na mundialmente famosa Praça Tahrir tiveram o estádio de Port Said como palco, o que deixou, segundo ele mesmo, "atordoado" o presidente da Fifa, Josep Blatter.
O Campeonato Egípcio foi interrompido e não há nada que justifique tamanha tragédia causada pela estupidez e o fanatismo dos bárbaros.
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012.
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