Não teve jogo no Gabão
Do "jogo" no Gabão fica claro que melhor teria sido treinar time A contra B nas obras do Maracanã.
Os gols saíram no primeiro tempo, dois, com Sandro, de sola, aos 11, e Hernanes, de cabeça, aos 34, depois, aliás, que o ex-são-paulino desperdiçou gol certo por tentar fazê-lo numa cavadinha que o pasto não permitia e foi objeto da mais profunda irritação por parte de Mano Menezes.
Que deveria manifestá-la, na verdade, em relação aos seus chefes, que o obrigaram a voltar aos tempos da várzea no interior gaúcho (com o perdão à várzea do interior gaúcho).
Não peça, por favor, caro e raro leitor, apreciação técnica para o que aconteceu lá no Gabão, tirante umas boas defesas do goleiro Diego Alves e a fragilidade ainda flagrante do lateral Fábio.
Exigir avaliação mais apurada será covardia, como não se pode avaliar um concerto de piano de Arthur Moreira Lima num instrumento desafinado.
O "jogo" no Gabão poupou até o Galvão, embora não tenha poupado a programação, tamanho o atraso do começo da "atração".
E o segundo tempo não pôde ser visto até o fim.
Pela primeira vez em toda a vida do blogueiro a Seleção Brasileira foi abandonada quando ainda faltavam 15 minutos para o fim de sua apresentação, porque um compromisso já marcado assim o exigiu.
Então, continuava 2 a 0 para os brasileiros contra o 68o. colocado no ranking da Fifa.
Imagine os dirigentes europeus vendo os jogadores brasileiros de seus clubes expostos ao lamaçal esburacado do Gabão.
Mano Menezes não dirá, mas certamente terá pensado se alguém lhe perguntou que lição tirou da experiência: nunca mais é a única resposta possível.
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