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Blog do Juca Kfouri

Botafogo brilha; Corinthians e Flamengo bobeiam

Juca Kfouri

12/10/2011 23h50

O Botafogo começou a partida no Pacaembu (32.450 pagantes) mostrando que sabia bem o que estava em jogo.

Uma vitória lhe devolveria, com um jogo a menos, todas as chances de ser campeão.

Uma derrota praticamente matava tal possibilidade, porque o Corinthians abriria boa vantagem.

Já o Corinthians deu a sensação de que tinha o Botafogo na conta de favas contadas.

E não viu a bola até tomar o primeiro gol, de Loco Abreu, aos 11 minutos.

Aliás, tomar o segundo gol, porque já havia tomado um, aos 4, de Marcelo Mattos recebendo de Fábio Ferreira, ambos ex-corintianos, legalíssimo, que um bandeira sem noção anulou.

Depois do 1 a 0 o Botafogo deu campo ao Corinthians, mas não correu riscos a não ser numa cabeçada de Paulo André, que raspou a trave carioca.

E melhor distribuído em campo, o Glorioso ainda fez 2 a 0 no primeiro tempo, com Maicosuel, aos 33, para perplexidade do Pacaembu, tamanha a facilidade.

A facilidade que o Corinthians pareceu acreditar que encontraria, o Botafogo construiu com competência e justiça.

No segundo tempo teve de tudo.

Só deu Corinthians que mandou bola no travessão em cobrança de falta de Alex, teve um pênalti em Paulo André não visto pela arbitragem e viu Marcelo Mattos desviar três bolas que pareciam com endereço certo da rede botafoguense.

Teve também Cortês expulso aos 14 e a entrada de Adriano no lugar de Moradei em seguida, assim como Herrera, outro ex-corintiano, entrou no lugar de Elkeson e Gustavo no de Felipe Menezes, a boa sacada de Caio Júnior, no começo do jogo.

Bruno Tiago entrou no lugar de Maicosuel e Ramires no de Alessandro.

Renan, no lugar de Jefferson, fez uma apresentação perfeita e a defesa do Botafogo suportou nada menos do que 20 escanteios.

Adriano teve boa participação, mas não conseguiu ajudar a tirar o zero do placar corintiano, que até fez por merecer.

Jogasse mais um ano e os paulistas, nesta noite, não fariam um gol.

O Vasco bateu palmas em Curitiba, se preparando para dormir antes de enfrentar, nesta quinta-feira, o desesperado Furacão.

E aplaudiu o Palmeiras também, que com gol de Maikon Leite empatou com o Flamengo, que havia saído na frente com Thiago Neves, em gol irregular porque Jael estava impedido e chamou a atenção de Deola, ambos os gols no segundo tempo no Engenhão (18.397 pagantes).

No primeiro, num mesmo lance,  Léo Moura cruzou da direita, Cicinho cortou, Bottinelli cabeceou no travessão, Thiago Neves cabeceou em cima de Deola e Lé Moura cabeceou no travessão mais uma vez, num dos lances mais inacreditáveis deste Brasileirão.

Mas o Flamengo deu uma bobaeada imperdoável, porque era jogo que tinha a obrigação de ganhar, assim como o Corinthians em relação ao Botafogo.

Em Salvador (13.904 pagantes), Bahia 0, Cruzeiro 0, pior para o time mineiro, apesar de fora de casa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/