Com Gana, Mano respira
No pequeno estádio londrino coube mais 'Fora Ricardo Teixeira"
O começo do jogo no estadinho do Fulham, para apenas 25 mil torcedores, assustou.
Revelando que a camisa amarela se banalizou, Gana foi para cima dos brasileiros nesta estranha tarde de segunda-feira.
E deu a impressão que não demoraria a marcar.
Mas, de repente, não mais, os africanos começaram a se preocupar mais em bater do que em jogar.
E a Seleção ensaiou seus primeiros passos.
O melhor deles veio de Neymar, de cavadinha para Leandro Damião, o novo Vavá, Peito de Aço.
O centroavante colorado simplesmente deu um lençol no goleiro para fazer um golaço, mas estava ligeiramente impedido e o gol não valeu.
O que valeu, em seguida, foi a justa expulsão de um carniceiro ganês que mesmo advertido segundos antes pelo árbitro, pisou em Lúcio.
Aí tudo ficou mais fácil.
Com Neymar em noite feliz e com Marcelo fazendo ótima partida para resolver a questão do lado esquerdo da defesa canarinha, Leandro Damião entrou na diagonal e Fernandinho deu o passe na medida para o goleador bater cruzado e fazer 1 a 0, aos 44.
Pena que, logo aos 8 minutos, Ganso se machucou e deu lugar a Elias.
O que era para ser ofensivo ficou mais defensivo, embora tenha servido, também, para arrefecer o ânimo africano.
Mas, no segundo tempo, com um a mais em campo e 1 a 0 no placar, Mano Menezes tirou Fernandinho e pôs Hulk.
A ideia era golear o time de Gana.
E só dava Brasil.
A presença de Ronaldinho Gaúcho valia mais pela…presença de Ronaldinho Gaúcho.
Alguns bons passes, cobranças sempre precisas nos escanteios e uma falta bem batida.
E Hulk, aberto pela direita, provava não ser apenas um tanque, capaz de, por exemplo, logo de cara, quase dar um gol para Leandro Damião.
Só que o tempo passava e o segundo gol não acontecia.
Gana não se aventurava a tentar o empate, como se estivesse feliz com o 0 a 0 quando eram 11 contra 11 e com só 1 a 0, 11 contra 10.
No quarto jogo entre ambos era a quarta vitória brasileira, mas em escala decrescente: 8 a 2 em 1996, 3 a 0 em 2006 e 1 a 0 em 2007.
De fato, é inegável o progresso do futebol ganês, embora a violência tenha se tornado sua marca registrada.
Só aos 32, depois de quatro substituições ganesas, Pato entrou no lugar de Damião.
E, aos 40, o ex-colorado recebeu um passe magistral do ex-gremista Ronaldinho e cabeceou para ampliar não fosse a excelente defesa do goleiro Kwarasey.
Que de novo fez ua defesaça em cobrança de falta de Ronaldinho, dois minutos depois.
A presença de Ronaldinho Gaúcho já valia mais pela boa presença de Ronaldinho Gaúcho.
E o jogo acabou só 1 a 0, o suficiente para Mano Menezes respirar em paz (num jogo sem notas porque amistosos desse gênero fica sem nota, OK?).
Leandro Damião festeja seu primeiro gol com a camisa brasileira
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/