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Blog do Juca Kfouri

Flamengo e São Paulo não avançam

Juca Kfouri

21/08/2011 18h04

Neca Varella

Os clássicos do Morumbi (com apenas 16.813 pagantes) e do Beira-Rio (28.752 pagantes) viveram climas bem diferentes.

Enquanto em São Paulo o jogo foi quente e o São Paulo saiu na frente do Palmeiras graças a um golaço de Dagoberto, por cobertura,  se aproveitando da posição adiantada de Marcos, em Porto Alegre o jogo foi frio e o Flamengo só fez 1 a 0 no Inter porque Ronaldinho bateu falta com perfeição e se aproveitando de falta cometida por Willians na barreira colorada.

O Palmeiras exigiu muito mais de Rogério Ceni do que o São Paulo de Marcos, mas é crônico o problema alviverde na hora agá.

E se o Inter dominava e simulava pênaltis a ponto de perder Guiñazu, o Flamengo era mais perigoso quando atacava.

No segundo tempo, o panorama mudou.

Mesmo com 10, e com Andrezinho no lugar de Tinga e Dellatorre no de Jô, o Inter não demorou a empatar, fruto de um escanteiro inexistente, Leandro Damião deu de calcanhar para o zagueiro-artilheiro Índio empatar, aos 5.

O Flamengo estava absolutamente recolhido, apesar do  jogador a mais.

E o São Paulo também voltou muito tímido, aceitando a pressão palmeirense, até que, aos 16, Marcos Assunção bateu falta sobre a área e Henrique empatou: 1 a 1.

O Palmeiras trocara Márcio Araújo por Maikon Leite.

Aos 13, como se fosse Zagallo, Luxemburgo mexeu duas vezes, para repor o Flamengo no ataque e Muralha e Jael entraram nos lugares de Luiz Antonio e Bottinelli.

Deu certo rapidamente, porque, dois minutos depois, Ronaldinho deu para Júnior César e este achou Jael na área para que o Cruel pusesse o Mengo outra vez na frente: 2 a 1.

Infeliz com o 1 a 1, Adílson Batista pôs Marlos no lugar de Fernandinho, aos 24.

Aos 32 foi a vez de Rivaldo sair para entrar Cícero.

Felipão tirou Patrik e colocou João Vitor, exatamente para cuidar de Cícero.

No gelado Beira-Rio o Flamengo congelava o Inter e Ronaldinho deu o terceiro gol para Deivid desperdiçar, de peixinho, aos 30 — daqueles gols que até o Rafael Belattini faria.

E aí o castigo veio a cavalo, quer dizer, de bicicleta.

Andrezinho centrou, Dellatorre tocou pelo alto e Leandro Damião fez um golaço ao pedalar no ar para empatar, aos 32: 2 a 2.

Padecendo da Síndrome de Sydney, quando a Seleção Brasileira que comandava na Olimpíada foi eliminada por Camarões com 9 contra 11, Luxemburgo demorava para tirar Deivid e colocar Diego Maurício, o que só fez já aos 37.

E o empate que corintianos e cruzmaltinos queriam permaneceu também no Rio Grande do Sul como já havia acontecido em São Paulo.

Com louvor ao Inter que não poupou seus titulares mesmo com a Recopa Sul-Americana para decidir nesta quarta-feira, além de ter buscado duas vezes o resultado com um a menos e ainda sair reclamando de u'a mão na bola dentro da área carioca no derradeiro minuto.

Restava ao Vasco aproveitar os resultados do Morumbi e do Beira-Rio no Engenhão, diante do Fluminense, para assumir a vice-liderança.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/