Assa "o" batata de Mano Menezes
Quando num amistoso internacional a torcida começa a fazer ola você pode ter certeza: o jogo está monótono.
E assim aconteceu ali pelo meio do primeiro tempo em Stutgart, onde nem Alemanha nem Brasil provocaram maiores emoções, a ponto de os goleiros terem se limitado a fazer uma defesa cada um nos 45 minutos iniciais.
A Alemanha dominou o jogo, teve mais de 60% de posse de bola, mas não fez nada de brilhante com ela e o Brasil ameaçou em contra-ataques.
Mas nem bem começou o segundo tempo e a primeira sensação de gol aconteceu depois que Ramires roubou uma bola na defesa brasileira, avançou, deu de lado para Fernandinho e este entregou para Pato tirar o goleiro da jogada, mas errar a cobertura que lhe valeria um golaço.
A Alemanha reagiu prontamente, quase promovendo um novo frango de Júlio César, salvo pelo ombro, e tendo um gol salvo por Lúcio.
Que, no entanto, fez pênalti, com o joelho em Kroos, aos 13.
Schweinsteiger bateu e fez 1 a 0. Era justo.
E abriu a porteira.
Em seguida, em belíssima triangulação, Gotze fez 2 a 0, aos 21.
Mas o juizão inventou um pênalti e Robinho, que não tinha batido seu pênalti na Copa América, diminuiu: 2 a 1, aos 26.
Mas como o que é do homem o bicho não come, aos 34 André Santos aprontou mais uma de suas famosas irresponsabilidades e deu o terceiro gol ao alemão Schurlle: 3 a 1.
Neymar, num último suspiro, aos 47, ainda conseguiu belíssimo gol: 3 a 2.
E os velhos fregueses venceram, como já havia acontecido com a Argentina e com a França sob o comando de Mano Menezes.
Notas:
Júlio César não passa mais a segurança que já passou: 6,0
Daniel Alves jogou o de sempre na Seleção, longe do que faz no Barcelona: 6,0
Lúcio é mais um que não é mais o mesmo: 5,0
Thiago Silva com a regularidade de sempre: 6,5
André Santos ainda causará sérios prejuízos à Seleção: 4,0
Ralf estreou sem brilhar nem comprometer: 5,5
Ramires foi dos melhores da Seleção: 7,0
Fernandinho é um escárnio, um Felipinho Melinho piorado, mas, do grupo do empresário do técnico da Seleção, embora na reserva do Shakhtar): 4,0
Robinho foi o melhor dos brasileiros: 7,5
Pato não se completa e dá a impressão de pensar mal: 4,5
Neymar, febril e no sacrifício, pouco participou, mas fez belo gol: 6,0
Com a partida perdida, entrou um bando de gente na Seleção, que fica sem nota.
Mano Menezes ao levar Ganso e deixá-lo no banco revelou profunda falta de sensibilidade. Ou o santista está em mau momento, como está, e fica de fora até voltar a ser o que pode, ou deve ter a segurança de que jogará. E Fernandinho soa até como provocação, para não falar da ausência de Marcelo e da presença de André Santos.
"O" batata de Mano está assando. Imagine Vanderlei Luxemburgo campeão brasileiro com o Flamengo…
A nota de Mano: 3,0!
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/