A trama de Nuzman
No ano que vem, em 17 de março, Carlos Nuzman faz 70 anos e, pela Carta Olímpica, tem que sair do Comitê Olímpico Internacional.
Ele tentou, dois anos atrás, no 13o. Congresso do COI na Dinamarca, uma movimentação para a mudança do estatuto.
A reação contrária de seus pares, contudo, foi forte.
Nuzman, por sinal, duas vezes já tentou ser eleito para o Comitê Executivo do COI e foi humilhantemente derrotado.
Mas ele não desiste e articula neste momento uma manobra casuística.
Nuzman entrou no COI na esteira de mudanças que ele proprio defendeu, tais como limite de 70 anos e espaço para presidentes de Comitês Olímpicos
Nacionais e Federações Internacionais.
Ao contrario de João Havelange, que é membro sem limitacao de idade, pois entrou antes de 1.965.
Após 2.016, o Brasil voltará a ter dois membros no COI, uma vez que a Carta Olimpica confere este direito aos países que sediam Jogos Olimpicos.
Assim, abre-se outra vaga.
Ninguém, absolutamente ninguém, fala nisso.
A percepção de quem entende do assunto é a de que Nuzman já entabula algo para o COI, se ele realmente tiver que sair em 17 de março de 2.012.
E é quase certo de que ele, além de tudo fazer para permanecer, indicará seu fiel escudeiro Carlos Osorio para a segunda vaga adiante.
É preciso barrar a sede continuísta de Nuzman por um lado e, por outro, lutar para que o Brasil indique como representantes no COI ex-atletas respeitados pelo país afora e não gente da curriola do cartola.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/