Como queríamos demonstrar
Potência na base, Corinthians vê time principal carente de opções caseiras
Bruno Thadeu
UOL Esporte
Os resultados apresentados pela base do Corinthians impressionam.
O time sub-17 conquistou no sábado o bicampeonato Mundial de Clubes, derrotando na final o Barcelona por 2 a 1.
No ano passado, a categoria juvenil também faturou o título mundial.
A base alvinegra coleciona outros troféus recentes na base. Potência nas divisões inferiores, o Corinthians não aproveita suas crias.
Do time principal considerado titular, apenas o Julio Cesar foi revelado nas categorias de base.
E o goleiro não tem posição assegurada entre os 11 titulares. O contratado Renan virou ameaça a Julio Cesar.
As opções caseiras presentes no elenco de cima não são usadas nos jogos: os goleiros Danilo e Rafael Santos, os zagueiros André Vinícius e Lucão, e os atacantes Elias Oliveira e Douglas.
TÍTULOS RECENTES DA BASE CORINTIANA
Campeão Mundial sub-17 em 2010 e 2011
Campeão paulista sub-15 em 2010
Campeão Copa SP de 2009
O técnico Tite evita se aprofundar sobre a falta de corintianos "genuínos" no time e avalia que os jovens vindos da base corintiana ainda não estão prontos.
"Temos dado oportunidade a vários jogadores jovens no elenco", diz.
Há tempos o Corinthians não tem um ídolo formado no "terrão". O último jogador de relativo destaque foi Dentinho, negociado para o futebol ucraniano em maio.
Considerado a maior promessa da base alvinegra dos últimos anos, Lulinha não vingou no clube, sendo emprestado para o futebol português. Atualmente, o meia defende o Bahia.
Do time campeão do principal torneio de base do país, a Copa São Paulo de Juniores, poucos tiveram oportunidades no profissional, entre eles Boquita, Bruno Bertucci e Marcelinho. Campeões da Copa São Paulo de 2009, os três não se destacaram na equipe principal, sendo negociados.
NOTA DO BLOG: Como queríamos demonstrar em nota anterior ("Quatro grandes que tratam mal seus pequenos") apontando o absurdo de um clube como o Corinthians não ter nenhum jogador convocado para a Seleção Brasileira sub-20, os meninos que lá surgem desaparecem, muitas vezes, por desacertos, ou acertos…, de empresários.
De pouco adianta ganhar aos 17 e não chegar aos 20. Parece até o que acontece com o tênis brasileiro.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/