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Blog do Juca Kfouri

Em Londres, diante do legítimo futebol escocês

Juca Kfouri

27/03/2011 11h53


Em primeiro lugar é preciso dizer que o time da Escócia não é ruim.

É simplesmente ridículo.

Custa crer que uma seleção da Grã-Bretanha seja tão tosca.

Daí o absoluto domínio brasileiro era obrigatório, e assim foi.

Marcação na saída de bola, pressão o tempo todo, tudo isso aconteceu no estádio do Arsenal, em Londres.

Nenhum jogador brasileiro jogou mal, com exceção do goleiro Júlio César, que não jogou, apenas esteve em campo por mais de 90 minutos tomando o agradável sol do primeiro dia da primavera londrina.

De resto, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva, André Santos, Lucas, Elano e Ramires fizeram a parte deles.

O promissor estreante Leandro Damião foi bem nas bolas altas e se afobou quando teve a chance de fazer 2 a 0, logo no começo do segundo tempo.

O primeiro tempo havia terminado com um magérrimo 1 a 0, gol de Neymar, melhor jogador em campo.

Mano Menezes, de longe o mais elegante técnico que a Seleção Brasileia ja teve,  o segundo verdadeiramente bem vestido, depois, é claro, de Paulo Roberto Falcão.

Mas Mano demorou demais para botar Lucas, o do São Paulo, em campo, certamente porque quis deixar Jadson mostrar tudo que pode.

E tão logo Lucas pisou no gramado e Jadson saiu, Neymar sofreu um pênalti infantil e tratou de fazer 2 a 0.

Jonas, outro que merece mesmo uma chance, substituiu Leandro Damião e viu um escocês meter a mão na bola na área para evitar que ele marcasse o terceiro gol.

Que ele desperdiçou, em seguida, bisonhamente ao receber com açúcar do menino Lucas, do São Paulo, que deu duas estupendas  arrancadas como cartão de visitas.

Elias entrou no lugar de Elano, de quem se esperava mais, pelo que vem jogando no Santos, mas mais avançado.

Lucas, o do Liverpool, saiu para entrar Sandro e Neymar deu lugar a Renato Augusto.

Jogo bom deverá ser o próximo,  no Serra Dourada, no dia 4 de junho, contra a Holanda, tri-vice-campeã mundial.

Aí, então, será jogo para dar notas aos jogadores da Seleção Brasileira.

Hoje não.

Mas 5 a 0 seria mais justo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/