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Blog do Juca Kfouri

Grêmio não teve pena do Galo

Juca Kfouri

26/09/2010 20h21

Em matéria de herança maldita, Dorival Jr. via virar doutor.

Depois de herdar um Santos arrasado e ajeitá-lo, agora pega o Galo.

Mudou o goleiro logo de cara, que ele de bobo não tem nada.

Fábio Costa dançou e Renan Ribeiro entrou.

Mas pegou um time que, além da baita camisa e alguns nomes célebres, não só não se posiciona minimamente bem como, além do mais, está evidentemente no bagaço fisicamente, apesar da mega comissão técnica que o Galo mantinha.

Daí não ter sido surpreendente que o Grêmio foi logo fazendo 2 a 0 na Arena do Jacaré (12.262 pagantes), com o artilheiro Jonas e o ala Gabriel, aos 2 e aos 14 minutos.

Surpreendente foi o time gaúcho não ter logo goleado e acabado com o jogo ainda no primeiro tempo.

Mas o tricolor deu sopa para o azar, a dignidade dos atleticanos falou mais alto, o time criou chances para diminuir, também não deu sorte porque a fase é o que é, mas, mesmo assim, Tardelli diminuiu, para logo depois sair machucado.

A jogada do gol mineiro, diga-se, foi toda de Daniel Carvalho que, mesmo com dores no ombro, seguiu em campo, enquanto Neto Berola entrou no lugar de Tardelli.

Mas o Galo ia para o intervalo ainda vivo e o Grêmio ia para levar um pito.

O alvinegro se mandou, com a organização possível depois de 15 minutos de conversa.

E logo aos 7 Diego Macedo entrou no lugar de Rafael Cruz, no alvinegro.

Aos 8, Victor tirou o empate dos pés de Berola e, aos 9, evitou gol de Daniel Carvalho, em grande noite.

O Grêmio mexeu duas vezes: sairam Adílson e André Lima e entraram Neuton e Maylson, porque o Grêmio só se defendia.

O Galo fazia por merecer o empate, ao menos.

Ricardinho, também dolorido, saiu para entrada de Eron.

À medida que Victor trabalhava e o Galo não empatava, o Grêmio arriscava pontadas e em duas oportunidades quase matou o jogo.

Fernando saiu e Roberson entrou no time de Renato Gaúcho.

E o menino prata da casa gremista, aos 38 foi logo mandando uma bola na trave atleticana.

Dava pena do Galo, tamanha a busca, embora sem o desespero dos últimos jogos.

Foi a 16a. derrota em 25 jogos, em penúltimo lugar com sete pontos menos que o último dos primeiros fora da ZR, o Flamengo, e próximo jogo em Fortaleza, contra o Ceará que foi goleado hoje pelo Avaí, assunto para o fiel escudeiro, moderador, colaborador e em vias de se casar Rafael Belattini.

E para quem anda reclamando de minha ausência nos últimos dias, uma explicação: na semana retrasada, palestras em  Londrina, Maringá, Cascavel e Foz de Iguaçu.

Na passada, Joinville e Curitiba.

Na próxima, Florianópolis, Blumenau e Ponta Grossa.

Palestras promovidas pela rádio CBN.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/