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Blog do Juca Kfouri

À noite, só deu o Vasco

juca kfouri

08/08/2010 20h30

O Canal PFC tem uma estação chamada "Mosaico Multijogos", onde é possível acompanhar até quatro jogos ao mesmo tempo.

Claro que é coisa de louco.

Mas, quem de louco não tem um pouco?

Em regra, neste ano, tenho visto apenas um jogo por vez, no máximo dois.

Nesta noite, no entanto, resolvi ver os três jogos ao mesmo tempo.

Ver é modo de dizer. Mais correto é o verbo acompanhar.

Olhava para o jogo na Arena da Baixada (21.789 pagantes), e quase só via o Furacão, com Rogério Ceni trabalhando, embora tenha visto Ricardo Oliveira carimbar o travessão paranaense.

Olhava para o jogo do Ipatingão (10.109 pagantes), e quase só via o Cruzeiro, até com Wellington Paulista carimbando as traves do Grêmio Prudente duas vezes num mesmo lance, primeiro a esquerda, depois a direita.

Mas gol que é bom, nos dois jogos, nada, embora o jogo do Paraná fosse muito mais agitado que o de Minas.

Gol só em São Januário (14.062 pagantes), onde o Vasco também dominava o Vitória e onde Zé Roberto fez 1 a 0, aos 22, ao completar um chute cruzado de Max.

Mas onde, também, no fim do primeiro tempo, Carlos Alberto resolveu aplaudir o árbitro ao receber um cartão amarelo e, pela ironia, foi expulso, deixando o Vasco com 10.

Se muita gente não entende ironias num blog, que dirá juiz de futebol no gramado…

O Vitória tirou dois meio-campistas mais de marcação (Vanderson e Bida) e pôs um meia e um atacante (Renato e Henrique) para encurralar o Vasco.

O Vasco, se desdobrando, resistia, enquanto o Prudente agredia mais o Cruzeiro e o Furacão permanecia pressionando o São Paulo.

Num contra-ataque, aos 22, Marlos foi à linha de fundo e Cléber Santana pegou de jeito para fazer 1 a 0, no que era a primeira vitória são-paulina na Arena.

Era, porque, aos 27, em lindo gol pela esquerda, Maikon Leite empatou, depois de ganhar uma dividida com o zagueiro Samuel: 1 a 1.

Era justo, registremos, porque o rubro-negro não merecia perder.

E ficou com 10, aos 28, com a expulsão de Manuel.

Não havia o que Paulo César Carpegiani pudesse fazer, pois ele já tinha tirado Guerrón e Netinho para pôr Mithyuê e Maikon Leite e Leandro para entrada de Branquinho.

O São Paulo foi para cima e Neto fez milagre para evitar o segundo gol tricolor, que seria de  Ricardo Oliveira em nova jogada de Marlos pela esquerda. No rebote, quase Cléber Santana marcou de novo.

Mesmo com 10, porém, o Furacão foi valente, buscou a vitória e obrigou a defesa paulista a se virar para não sofrer a virada.

Carlinhos Paraíba e Marcelinho entraram nos lugares de Cléber Santana e Marlos, assim como Fernandinho substituiu Fernandão, tudo já depois dos 40 minutos…

Mas o 1 a 1 ficou, como ficou o 0 a 0 no Ipatingão, grande bobeada do Cruzeiro que poderia ter chegado ao G4 já que o Inter não jogou.

Só o Vasco ganhou nesta noite de domingo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/