Sorte em Soweto
Parado no congestionamerto, à bordo de uma potente camionete 4/4, dirigindo na mão inglesa, à direita, e a serviço do Doutor Eduardo Gonçalves, o Tostão, imagino que não chegaria a tempo para ver o treino da Seleção Brasileira, ou do Dunga, como quiser.
Mas eis que ouço uma algaravia de sirenes e pelo retrovisor percebo que o ônibus da Seleção Brasileira, ou do Dunga, como preferir, estava chegando.
"Oba, nem estamos atrasados ainda", digo ao Tostão e ao companheiro José Geraldo Couto, colunista da "Folha de S.Paulo" e blogueiro do UOL.
Passa o ônibus, um, dois, três carros da polícia, uma camionete que parecia ir para a guerra, duas supermotos e…mostro a credencial e entro atrás.
Um outro carro da polícia buzina.
Sigo atrás da comitiva.
O ônibus tem dificuldades para manobrar e entrar pelo estreito portão do simpático estádio Dobsonville.
Centenas de mãos e braços negros, quase todos de crianças, acenam freneticamente para os jogadores.
A carreata entra no estacionamento, nós juntos.
Ao descer do carro, um dos motoqueiros da polícia me cumprimenta: "Parabéns, você chegou na mais perfeita segurança".
Subo às arquibancadas antes de os jogadores entrarem no gramado e cumprimentarem a torcida.
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