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Blog do Juca Kfouri

Nova Zelândia embola todo o grupo F

Juca Kfouri

15/06/2010 10h24

Por RAFAEL BELATTINI

A última parte do texto do Juca me deixou com uma dúvida imensa. Por que eu mereceria acompanhar Nova Zelândia e Eslováquia?

Pois, quando a bola começou a rolar, fiquei tentando resgatar na memória o que eu poderia estar fazendo de errado na moderação para ser punido de tal forma.

O primeiro tempo foi equilibrado e até não foi dos piores desta Copa, o que não quer dizer nada.

Os eslovacos eram melhores com a bola no chão, mas os neozelandeses sabiam marcar e se arriscavam em bolas aéreas.

A Eslováquia teve uma boa chance com Sestak, que chutou para fora.

Foi muito pouco, ainda mais se você considerar que o goleiro Paston, da Nova Zelândia, falhava a toda hora. Era inseguro em cruzamentos e sua perna direita atrapalhava a esquerda na saída de bola.

Pelo menos os neozelandeses puderam comemorar ir para o intervalo sem estar em desvantagem, algo até então inédito para eles em Copas do Mundo.

A "conquista" durou pouco. Quatro minutos, para ser exato.

Sestak cruzou e Vittek cabeceou para fazer 1 a 0 Eslováquia com erro da arbitragem, que não marcou o impedimento do atacante eslovaco.

O gol poderia ter melhorado a partida, pois era esperado que os neozelandeses partissem atrás do empate.

Contudo, o goleiro da Eslováquia, Mucha, não tinha trabalho algum já que a "bola" do time da Nova Zelândia era sua "xará".

Vittek ainda teve a chance de ampliar, mas vou travado pela defesa e pelo goleiro Paston.

Era a menor derrota da Nova Zelândia em sua história nas Copas. Mas, eles mereciam mais por estarem perdendo com um gol irregular.

Aos 47 minutos, Reid empatou de cabeça, em posição duvidosa, dando o primeiro ponto para sua seleção e marcando o terceiro gol neozelandês na história dos Mundiais. Todos no dia 15 de junho, de 82 e, agora, de 2010.

O gol deixou todo mundo do grupo F com um ponto. Então, por que não dizer, a Nova Zelândia divide a liderança com a tetracampeã Itália.

No fim, a missão de acompanhar este jogo não chegou a ser um castigo, já que a partida até que foi divertida, mas ficou longe de ser um prêmio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/