Argentina e México como sempre
O México até deu a impressão de que, primeiro, jogaria como nunca para, depois, perder como sempre.
Mas, na verdade, nem isso.
Salcido acertou o travessão argentino, houve mais uma ou duas jogadas ousadas como se fosse enfrentar a Argentina de igual para igual e nada mais.
Insinuou, insinuou e tomou o 1 a 0, aos 25, bola de Messi na cabeça de Tevez, em posição de impedimento, daqueles difíceis e em que o jogador não está ilegal para se beneficiar, mas como fruto de uma jogada muito rápida.
Parece até que o bandeirinha deu o impedimento e depois mudou de opinião.
Mudou mal, mas a partir daí o México tremeu.
O segundo gol veio ainda no primeiro tempo, aos 32, quando Higuaín recebeu um presentaço de Osório e quase fez de bola e tudo depois de driblar o goleiro.
No intervalo já estava tudo decidido, restava saber de quanto seria a derrota, dúvida que Tevez, com um golaço de fora da área tratou de eliminar logo de cara, aos 7: 3 a 0.
O conjunto mexicano é até capaz de jogar coletivamente melhor que o argentino que, no entanto, tem de sobra o que falta aos norte-americanos: talento, ou melhor, talentos.
Sim, porque como o começo do primeiro tempo, o segundo quase todo foi mexicano.
É bem capaz de os jogadores mexicanos chegarem ao México dizendo que se não fosse pelos três gols argentinos eles teriam vencido.
E é verdade.
Porque, como fruto da superioridade no segundo tempo, Hernandes fez lindo gol aos 27.
Diego Maradona segue com três atacantes e só Mascherano como volante.
Enfrentará a Alemanha, no sábado que vem, na Cidade do Cabo, pelas quartas-de-final, ainda assim?
E Messi, seguirá sem fazer gol?
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