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Blog do Juca Kfouri

Mengo foi melhor com 10

juca kfouri

28/04/2010 23h47

Praticamente não houve futebol no primeiro tempo no Maracanã.

São Pedro não quis que os protegidos de São Judas Tadeu e São Jorge jogassem futebol e os escalou para uma inconsequente partida de polo-aquático.

Apenas duas vezes, em jogadas de Juan, houve alguma sensação de gol, embora o Corinthians fosse ligeiramente superior.

Aos 36, Michael foi expulso, por pegar Dentinho e levar o segundo amarelo.

Quando o segundo tempo começou o gramado estava bem melhor e logo aos 4 minutos Dentinho deu para Moacir fazer o gol e Bruno fez ótima defesa, com o pé.

Aos 15, numa cobrança despretensiosa de Juan, a bola foi ao travessão de Júlio César.

Aos 18, ao receber de Moacir para matar a bola, virar e fazer o gol, Ronaldo deu de canela para a defesa rubro-negra.

No lance seguinte, Moacir derrubou Juan na área e Adriano converteu o pênalti com categoria.

Moacir poderia ter sido o herói do passe para o gol e acabou como o vilão de um pênalti desnecessário.

Mas, cá entre nós, indesculpável mesmo foi a pixotada de Ronaldo.

Com um a menos, o Flamengo tinha um gol a mais: 1 a 0.

E Dentinho e Danilo saíram para as entradas de Jorge Henrique e Iarley.

O Corinthians insistia pelo meio e não aproveitava a vantagem de jogar com 11 contra 10.

E todas as bolas que Ronaldo pegava acabavam nos pés dos rubro-negros.

Depois que o toró que assolou o gramado do Maracanã foi embora, o Flamengo tirou Maldonado e fez entrar Toró no gramado.

Aos 32, Adriano cabeceou à queima-roupa no molhado goleiro corintiano que fez milagre ao mandar a bola para escanteio, não sem antes mandá-la ao travessão.

Os cariocas faziam por merecer o segundo gol.

Vinicius Pacheco entrou no lugar de Vagner Love e Ronaldo fez sua única jogada na partida, não aproveitada pelo ataque corintiano, porque Iarley tirou a bola da cabeça de Jorge Henrique.

E saiu para entrar Souza, aos 38, sob vaias. Deprimente.

No Pacaembu, o Corinthians, que não está mais invicto, tem tudo para ficar com a vaga.

Mas não se jogar como no segundo tempo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/