Cuidado com os falsos calmos
Se o Senado brasileiro é o que é, imagine o futebol.
Se o Estado brasileiro não consegue se impor e se ausenta, imagine o que acontece com a idéia de autoridade no futebol.
Daí que a história é sempre a mesma.
Os jogadores ficam em plano secundário e os cartolas aparecem.
Com bobagens sem parar, que não teriam a menor importância, e nem mereceriam nenhuma referência, não fosse o fato de botarem lenha na fogueira da violência dos torcedores irracionais.
Na tentativa de se ganhar jogos fora do campo, vale tudo.
Até acusar de ser sempre ajudado pela arbitragem um clube que outro dia mesmo, no ano passado, estava na segunda divisão, tão ajudado que foi.
Porque erros de arbitragem se distribuem igualmente anos a fio, normalmente por serem só erros, às vezes, por corrupção mesmo.
Enfim, vivemos dias de asnices de tipos dos mais perigosos que existem: os falsos calmos.
Cuidado com eles.
E a CBF a tudo vê, calada.
É claro.
A CBF não pode exigir postura ética de quem quer que seja.
Tomara que Porto Alegre continue a ser feliz nesta quarta e quinta-feiras e não vire um porto de amargura.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/