Cesse tudo que a musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta
Só mesmo Luiz de Camões para exprimir o que acontecerá nesta noite, em Buenos Aires, na Bombonera.
Não houve neste ano, no continente americano, jogo de futebol mais importante que o entre Boca Juniors e Grêmio.
A primeira partida da decisão da Libertadores 2007.
E talvez não haja outro jogo tão importante assim, conforme for o resultado de hoje, que pode fazer do segundo jogo, no Olímpico, em Porto Alegre, mero cumprimento de tabela.
Uma boa vitória brasileira, por exemplo, reservará a quarta-feira que vem apenas para a festa do tricampeonato gaúcho.
Uma goleada portenha, por outro lado, antecipará o hexacampeonato dos argentinos.
Ambas as hipóteses, diga-se, são improváveis.
O Boca estará completo, com Riquelme, Palermo e Palacio.
O Grêmio também, com Tcheco, Carlos Eduardo e Tuta, além de Lucas, no banco.
O Boca é mais técnico, o Grêmio tem mais conjunto.
O jogo deve até ser envolvido por uma certa atmosfera de mistério, se as brumas da Bombonera voltarem a dar o ar de sua graça, como se prevê.
A Bombonera que, dizem os xeneizes, como são conhecidos os torcedores do Boca, também chamados de bosteros, não treme, mas pulsa.
E é verdade.
Hora, portanto, de o Grêmio mostrar que quem é imortal também não treme, mas peleia.
E que está vivo quem peleia.
Em regime de concentração, este blog só voltará após o jogo.
Tomara que com uma vitória do Grêmio.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/