A importância do Mundial de Clubes
Que os clubes brasileiros têm o Mundial de Clubes como a competição mais importante do planeta é fora de dúvida.
É "Projeto Tóquio" pra cá e "Projeto Tóquio" pra lá o ano inteiro, a vida inteira.
Entre os clubes europeus, de fato, a situção é outra.
Entre a Copa dos Campeões da Europa e o Mundial, a preferência é pela primeira.
Até mesmo os campeonatos nacionais europeus são mais importantes para os clubes do Velho Continente.
E é natural que seja assim, dada a tradição incomparável entre as competições.
Nem por isso, no entanto, o título de campeão mundial deixa de ser festejado.
Ao contrário.
Basta fazer uma pesquisa nos jornais e ver como o Ajax, em 1995, foi recebido em Amsterdã ao voltar do Japão depois de vencer o Grêmio.
Ou como Dortmund festejou ao recepcionar o Borússia na volta para casa depois de superar o Cruzeiro, em 1997.
Mesmo a habituada com grandes conquistas Madrid fez festa apoteótica para o Real quando, em 1998, bateu o Vasco.
Como o Manchester United fez parar sua cidade ao retornar depois de derrotar o Palmeiras, em 1999.
Como bem argumentou um blogueiro, os torcedores do Liverpool não trocariam uma perna quebrada de Gerrard pelo título amanhã diante do São Paulo, ao contrário do que fariam no caso de a Copa dos Campeões da Europa, ou até mesmo de o Campeonato Inglês, estar em jogo.
Mas com perna quebrada ou sem, Liverpool irá às ruas se os Vermelhos voltarem com a taça da Fifa.
E é isso que o São Paulo pode impedir.
Mesmo que à custa de um braço quebrado de Rogério Ceni.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/