Não tem futebol no meio da semana. A polêmica continua
O pênalti não marcado por Márcio Rezende de Freitas ainda vai continuar a render nos próximos dias.
Não só pela gravidade do erro, mas, também, porque o Campeonato Brasileiro não tem rodada neste meio de semana.
Com exceção dos corintianos, e dos gremistas, o país todo assumiu as dores do Inter, e o elegeu como vítima, como o grande injustiçado.
E não adianta mostrar que também houve erros a favor do Inter, como contra o Corinthians.
Os assuntos do momento são o erro do árbitro e a MSI, embora nada indique que um tenha a ver com a outra — por mais que a parceira do Corinthians esteja envolta em nebulosas transações.
Os colorados se queixam, com razão, e há até um movimento de seus torcedores para que o Inter estampe uma estrela preta em seu uniforme como sinal de luto, de protesto.
A estrela de campeão, que deveria ser amarela, vira preta.
É uma boa idéia, embora dificilmente a direção do Inter vá ter coragem de adotá-la porque, na hora agá, mesmo os cartolas mais indignados tremem e se comportam feito cordeiros diante do poder estabelecido.
E os corintianos reclamam que há um certo exagero, que este não foi nem o primeiro nem será o último erro de arbitragem no futebol.
E é verdade também.
Os corintianos estão assim como os petistas, que imaginam que as denúncias contra eles já passaram dos limites, como se só o PT praticasse os delitos que, como se sabe, são comuns na vida de todos os partidos brasileiros.
Tanto os corintianos como os petistas parecem não se dar conta que quando surge um grande tema, todos os demais ficam em segundo plano.
E se na vida política a questão é mais um escândalo de corrupção, no futebol a bola da vez tem o nome e o sobrenome do juizão.
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