0 a 0 horrível, Hulk!
É claro que palmeirenses e atleticanos viram um primeiro tempo tenso, guerreado, viril, e não despregaram os olhos da tela.
Quem não é nem uma coisa nem outra viu um jogo truncado, monótono e com apenas dois momentos de emoção, quando, no começo, Guilherme Arana quase abriu o marcador e, no fim, Hulk chutou na trave o pênalti cometido por Gustavo Gómez em Diego Costa.
O palmeirense tinha motivo para estar bravo com seu time inferiorizado e se limitando a marcar o Galo com todas as iniciativas e o atleticano para estar frustrado com a perda do pênalti.
Justiça se faça, Cuca quis jogo enquanto Abel Ferreira manteve o Palmeiras espaçado e com ligações diretas, algo que deveria corrigir para o segundo tempo.
De se observar que a escolha de Felipe Melo dava certo para encarar Hulk, coisa que fez logo de cara para mostrar quem mandava na casa verde. Tipicamente Libertadores, diriam alguns.
Mas o 0 a 0 não fazia justiça aos visitantes.
Hulk aparecia muito, mas não aparecia bem — e Raphael Veiga e Dudu desapareciam.
Aos 53 minutos, outra decepção mineira, com a troca de Diego Costa por Keno, por lesão muscular.
Mas, se a lei do ex poderia vigorar com Marcos Rocha, Keno estava em campo para dar o troco.
O Palmeiras parecia muito feliz em ir para o jogo de volta com o 0 a 0, lembrando que o gol fora é qualificado na Libertadores.
Palmeiras que visitará o Corinthians no sábado, enquanto o Galo irá ao Morumbi pegar o São Paulo, duas durezas.
O jogo, amigas e amigos, era fraco.
Wesley e Deyverson foram para o jogo nos lugares de Luiz Adriano e Dudu, que não jogou bem e ficou muito bravo, aos 65'.
Velho hábito nacional, os jogadores se atiravam a cada choque, e a arbitragem argentina não lhes dava a menor atenção.
Aos 68' foi a vez de Danilo entrar no lugar de Felipe Melo, certamente por desgaste.
Em 70 minutos, apenas um chute entre as três traves, além de um na trave.
Vargas dentro, Zaracho fora, aos 75'.
Sim, o Galo queria ganhar e o Palmeiras não queria perder.
Zé Rafael saiu para Patrick de Paula entrar, aos 85', assim como Gabriel Veron entrou no lugar de Rony e Sasha e Nathan entraram nos lugares de Nacho Fernández e de Hulk, tão bravo como Dudu ao sair.
Abel Ferreira acertou, mas Cuca errou ao tirar o melhor jogador do time.
Alguma coisa me disse que Patrick de Paula daria a vitória ao Palmeiras, mas me enganou.
Ficou tudo mesmo para o Mineirão, além da decepção, da frustração, do futebol em noite de apagão.
Hulk foi quem mais quis vencer, mas acabou como o maior responsável pelo 0 a 0.
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