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Blog do Juca Kfouri

Galo quase roda na rodada que era dele

Juca Kfouri

23/08/2021 21h55

Sob nova velha direção, o treinador Marcão, o Fluminense foi para cima do líder Galo como se não houvesse amanhã.

Logo caiu na real quando os mineiros se impuseram e Vargas acertou a trave tricolor, para mostrar que respeito é bom e o Galo gosta.

Mas eis que na disputa da bola aérea na área atleticana Hulk abriu demais o braço, impediu que Luccas Claro subisse e ainda acertou-lhe o nariz: pênalti que Fred converteu aos 24 minutos.

Daí para frente, a bola ficou só com o Alvinegro que, no entanto, não conseguia furar o bom bloqueio defensivo carioca.

O Galo rodava na rodada que até então era toda sua com a derrota do Palmeiras e os empates de Fortaleza e de Flamengo e não conseguia abrir para oito pontos a distância de paulistas e cearenses.

Quem se aproveitava para se aproximar era o Bragantino que ia vencendo o América, no Horto, também por 1 a 0, gol de Ytalo em passe de pai para filho de Arthur. Retomava o quarto lugar do Flamengo e ficava a seis pontos do Galo.

Sim, faltavam os segundos tempos e o Flu voltou sem Fred, com Abel Hernández em seu lugar no lusco-fusco de São Januário.

Aí o Galo tomou conta, apertou, Hulk acertou a trave de novo, o goleiro Marcos Felipe trabalhava sem parar e Vargas, para variar perdia gol como só ele é capaz de perder.

Cuca mexeu com Keno e Nathan nos lugares de Savarino e de Vargas que, definitivamente, é mau finalizador, aos 27'.

O Galo seguiu insistindo, buscando o resultado contra o seu rival também nesta quinta-feira, pela Copa do Brasil, no Nilton Santos, e nada.

Veio Sasha no lugar de Zaracho, todo o estoque da MRV saía da prateleira, ou do banco BMG, mas a bola nem sempre entra por acaso ou não e, na verdade, a melhor chance do segundo tempo foi desperdiçada por Gabriel Teixeira, em contra-ataque, aos 36', em erro imperdoável.

E como quem não faz…Sasha, na primeira bola que pegou na área, bateu bonito para empatar, ao receber de Nathan, para brilhar a estrela de Cuca. Dava para virar e seria justo se virasse.

Enquanto isso, o Bragantino ampliava para 2 a 0, com Gabriel Novaes, em Belo Horizonte, único time do G4 a vencer na 17ª rodada até ali.

Mas o Galo queria mais e Tchê Tchê e Sávio foram para os minutos finais nos lugares de Guga e Zaracho.

Queria e ficou querendo embora tenha diminuído o prejuízo, mesmo que não tenha sido o resultado que o líder esperava.

Seis pontos de vantagem não são nada desprezíveis, mas oito seriam deliciosos, ainda mais que o último jogo do primeiro turno será contra o Bragantino, em Bragança Paulista, na noite de domingo.

O Galo viu interrompida sua série de nove vitórias seguidas e não bateu o recorde nos Brasileirões de pontos corridos.

O Flu permanece em situação aflitiva perto da ZR.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/