Seleção valsa em Viena
No décimo encontro entre austríacos e brasileiros os de amarelo saíram na frente, com belo gol de Gabriel Jesus, aos 35 minutos, ao pegar bola desviada em chute de fora da área de Marcelo.
Casemiro e Philippe Coutinho já haviam chutado de longe em dois bons momentos da Seleção Brasileira jogando com natural cautela contra um time que não poupava lances ríspidos, porque fora da Copa russa.
Desenhava-se no primeiro tempo a sétima vitória brasileira enquanto os austríacos buscariam, ao menos, o quarto empate e, quem sabe, o primeiro triunfo.
Tite não mudou nada para o segundo tempo.
Esperava-se mais de Neymar, talvez porque, contra a Croácia, em sua volta depois de 90 dias inativo, ele tenha esmerilhado.
O sol brilhava bonito em Viena e Neymar apanhava como não faz sentido num amistoso.
Parecia até que os austríacos enfrentavam os rivais alemães, a quem, por sinal, derrotaram na semana passada por 2 a 1, de virada, como se sabe.
Marquinhos e Fernandinho entraram nos lugares de Thiago Silva e Casemiro, aos 15'.
O time amarelo administrava a vantagem e o vermelho não conseguia incomodar o goleiro Alisson.
E, aí, aos 17', Neymar deu o ar de sua graça, ao se livrar de dois zagueiros e enfiar entre as pernas do goleiro: 2 a 0.
Pronto: a Áustria que vinha de 11 jogos sem derrotas, com oito vitórias, sete seguidas, estava derrotada e talvez parasse de bater.
Filipe Luís e Roberto Firmino entraram nos lugares de Marcelo e de Gabriel Jesus, aos 21'.
Dois minutos depois, foi a vez de Philippe Coutinho tabelar com Firmino e ampliar: 3 a 0.
O mesmo resultado do embate na Copa de 1958, na Suécia.
Mas cabia mais e Coutinho meteu uma bola no travessão.
Daí saiu para Taison jogar, aos 30'.
E Alisson trabalhou aos 35', com boa defesa, e Firmino perdeu o quarto gol como resposta.
Estava fácil, extremamente fácil, como se o time de Tite tivesse tirado a Áustria para dançar uma valsa vienense.
Douglas Costa reapareceu, ele que é ótima opção, no lugar de Neymar, para jogar dez minutos.
Agora é não deixar o time subir no salto, conter qualquer euforia, porque para valer mesmo começa no domingo que vem, contra a Suíça.
Não foi um bom domingo para os áustriacos, que viram seu compatriota Dominic Thiem perder para o espanhol Rafael Nadal, na final de Roland Garros, também por 3 a 0.
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