O fim do papel de “El Gráfico” quase 100 anos depois
Alfredo Di Stefano, um dos maiorais de todos os tempos, dizia que o jovem argentino tinha três sonhos na vida: jogar no time de seu coração, ser capa da "El Gráfico" e jogar na seleção nacional.
A revista nasceu em maio de 1919 e chegou a vender 690.998 exemplares quando a Argentina venceu a Copa do Mundo de 1986.
Na última terça-feira anunciou que não mais será impressa. A derradeira edição vendeu 23 mil revistas.
Semanal até março de 2002, quando se tornou mensal, "El Gráfico" é mais uma vítima das plataformas digitais, além de ter se tornado propriedade da empresa Torneos y Competencias, enrolada até os tampos no Fifagate.
A primeira vez em que peguei numa "El Gráfico" foi em 1970 e a li semanalmente até 1995, durante os 25 anos em que trabalhei na Editora Abril.
Impensável que "El Gráfico" não sobreviva digitalmente, o caminho que parece inevitável.
Que não tenha desaparecido, apenas se transformado, como se, de fato, haja vida depois da morte.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/