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Blog do Juca Kfouri

Palmeiras e Santos no retrovisor do líder; São Paulo longe da degola

Juca Kfouri

22/10/2017 18h57

Grêmio, com reservas e Luan, e Palmeiras, com o que tinha de melhor, mas sem o lesionado Willian, não fizeram um mau primeiro tempo em Porto Alegre.

Mas sensação de gol mesmo só duas, aos 44 e 45 minutos, com Keno, nas mãos de Paulo Vítor, e Borja, rente ao travessão.

De resto, o Grêmio até ameaçou mais, mas ficou na ameaça, além de ter sido um impedimento criminoso marcado contra seu ataque.

O 0 a 0 era ruim para os dois.


Também seria para o Santos, na Vila Belmiro, contra o lanterna Atlético Goianiense. 

Mas Ricardo Oliveira, de cabeça em cobrança de escanteio, pôs o anfitrião na frente depois de duas chances claras criadas pelo ataque santista.

No fim do primeiro tempo, um susto: e o travessão peixeiro treme até agora.


Já no Pacaembu, com 32 mil torcedores, o São Paulo foi para o intervalo com folgado 2 a 0 sobre o Flamengo, gols de Lucas Pratto, ao estilo de Jô, com o braço, embora ele, também como Jô, tenha sinalizado ter sido com o peito, e de Hernanes, um golaço.

De Sidão para Militão, dele para Cueva até a linha de fundo e bola na cabeça de Hernanes.

O Flamengo só ameaçou duas vezes e Sidão foi muito bem, mas o rubro-negro dava a impressão de ter comido uma feijoada no almoço e deixado o sangue no restaurante.

Nem bem o segundo tempo começou na Arena Grêmio e Dudu chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e acabou no fundo da rede: 1 a 0, aos 2.


Seis minutos depois, num contra-ataque fulminante, Borja chutou cruzado, Paulo Vitor deu rebote e Moisés encheu o pé para fazer 2 a 0. 

Pintava uma goleada.

Que se desenhou aos 18, com mais um gol de Dudu.

O Palmeiras de pé em pé mostrava muito mais que nos tempos de Cuca.

Aos 33, porém, Michel diminuiu para 3 a 1. 

Também na Vila o segundo tempo começou quente, com Jean acertando o mesmo travessão que balançava, desta vez para impedir o segundo gol praiano.

Bruno Henrique seguia fazendo falta ao Santos que, no entanto, não corria riscos, apesar de não jogar bem.

E, no Pacaembu, Berrío acertou a trave são-paulina.

O Tricolor administrava a vantagem e o Flamengo fingia que queria reagir.

Bolas na trave, como se sabe, não alteram o placar, mas animam os jogos.

E os jogos estavam animados.

Os gremistasreclamariam do impedimento mal marcado quando estava 0 a 0 e os flamenguistas do gol de Pratto, todos com razão.

Quem gosta de justiça reclama da falta de arbitragem por vídeo da lenta CBF.

Os palmeirenses e santistas festejavam a diminuição da vantagem do líder para seis pontos e os são-paulinos mais um alívio para de distanciar da ZR.

A rodada, animadíssima, ainda teve  o Galo, com show de Robinho, virando para 3 a 1 sobre o Cruzeiro, no Mineirão azul, o Ba-Vi terminando 2 a 1 para o Bahia, na Fonte Nova, e o Furacão vencendo o Sport, na Arena da Baixada, por 2 a 1.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/