Palmeiras e Santos no retrovisor do líder; São Paulo longe da degola
Grêmio, com reservas e Luan, e Palmeiras, com o que tinha de melhor, mas sem o lesionado Willian, não fizeram um mau primeiro tempo em Porto Alegre.
Mas sensação de gol mesmo só duas, aos 44 e 45 minutos, com Keno, nas mãos de Paulo Vítor, e Borja, rente ao travessão.
De resto, o Grêmio até ameaçou mais, mas ficou na ameaça, além de ter sido um impedimento criminoso marcado contra seu ataque.
O 0 a 0 era ruim para os dois.
Também seria para o Santos, na Vila Belmiro, contra o lanterna Atlético Goianiense.
Mas Ricardo Oliveira, de cabeça em cobrança de escanteio, pôs o anfitrião na frente depois de duas chances claras criadas pelo ataque santista.
No fim do primeiro tempo, um susto: e o travessão peixeiro treme até agora.
Já no Pacaembu, com 32 mil torcedores, o São Paulo foi para o intervalo com folgado 2 a 0 sobre o Flamengo, gols de Lucas Pratto, ao estilo de Jô, com o braço, embora ele, também como Jô, tenha sinalizado ter sido com o peito, e de Hernanes, um golaço.
De Sidão para Militão, dele para Cueva até a linha de fundo e bola na cabeça de Hernanes.
O Flamengo só ameaçou duas vezes e Sidão foi muito bem, mas o rubro-negro dava a impressão de ter comido uma feijoada no almoço e deixado o sangue no restaurante.
Nem bem o segundo tempo começou na Arena Grêmio e Dudu chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e acabou no fundo da rede: 1 a 0, aos 2.
Seis minutos depois, num contra-ataque fulminante, Borja chutou cruzado, Paulo Vitor deu rebote e Moisés encheu o pé para fazer 2 a 0.
Pintava uma goleada.
Que se desenhou aos 18, com mais um gol de Dudu.
O Palmeiras de pé em pé mostrava muito mais que nos tempos de Cuca.
Aos 33, porém, Michel diminuiu para 3 a 1.
Também na Vila o segundo tempo começou quente, com Jean acertando o mesmo travessão que balançava, desta vez para impedir o segundo gol praiano.
Bruno Henrique seguia fazendo falta ao Santos que, no entanto, não corria riscos, apesar de não jogar bem.
E, no Pacaembu, Berrío acertou a trave são-paulina.
O Tricolor administrava a vantagem e o Flamengo fingia que queria reagir.
Bolas na trave, como se sabe, não alteram o placar, mas animam os jogos.
E os jogos estavam animados.
Os gremistasreclamariam do impedimento mal marcado quando estava 0 a 0 e os flamenguistas do gol de Pratto, todos com razão.
Quem gosta de justiça reclama da falta de arbitragem por vídeo da lenta CBF.
Os palmeirenses e santistas festejavam a diminuição da vantagem do líder para seis pontos e os são-paulinos mais um alívio para de distanciar da ZR.
A rodada, animadíssima, ainda teve o Galo, com show de Robinho, virando para 3 a 1 sobre o Cruzeiro, no Mineirão azul, o Ba-Vi terminando 2 a 1 para o Bahia, na Fonte Nova, e o Furacão vencendo o Sport, na Arena da Baixada, por 2 a 1.
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