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Blog do Juca Kfouri

Bahia reanima o Brasileirão

Juca Kfouri

15/10/2017 20h53

O Bahia fez os primeiros 45 minutos melhores que os do Corinthians.

Que, no entanto, acabou sendo mais perigoso, com três chances claras de gol, com Arana, irreconhecível outra vez, com Maycon e, sobretudo, com Jô, em cabeçada milagrosamente salva pelo goleiro Jean.

Cássio também fez boa defesa, mas em chute de fora da área de Zé Rafael.

O 0 a 0 não espelhava o ritmo agradável do jogo na Fonte Nova.


O segundo tempo começou na mesma toada, com o Bahia rondando a área e Rodrigão sendo vaiado por sua falta de intimidade com a bola e substituído logo aos 11minutos por Régis.

PC Carpegiani acertou.

O Corinthians errava passes e até cobrança de lateral com Arana que caiu tanto que, assim, o Sevilha se desinteressará dele.

Aos 16, enfim, Fábio Carille tirou Jadson e pôs Marquinhos Gabriel no jogo.

Estava na cara que o Corinthians jogava por uma bola, como se dera tão bem no primeiro turno como visitante.

Mas a diferença do futebol de então para agora é abissal.

Outra vez, porém, a melhor chance de gol foi paulista, aos 21, com Jean salvando o que seria gol de Maycon.

Clayson substituiu Romero em seguida, para desempenhar seu papel de talismã na terra dos orixás.

Aos 26, uma pixotada incomensurável de Fagner, permitiu a Vinicius fazer 1 a 0 para o Tricolor.

Fagner tinha a bola dominada na área e permitiu o desarme de Edigar Junio, bisonhamente.

Allione substituiu Zé Rafael, aos 27.

Empatar já passava a ser um sonho para o Corinthians.

A Fonte Nova veio abaixo: Bora, Baêa!, para se afastar da ZR.

Giovanni Augusto entrou no lugar de Maycon, aos 32, em busca de, ao menos, um pontinho, mas o Bahia respondeu com Matheus Sales no lugar de Vinicius, para trancar.

O líder se descontrolava no gramado, diante de mais de 24 mil torcedores.

Cássio foi para a área baiana e Régis fez 2 a 0, aos 48, sem goleiro, depois que o ex-palmeirense Allione cortou o passe de Marquinhos Gabriel e lançou na perfeição.

Derrotado por um time da Boa Terra, amanhã restará aos corintianos torcerem pelo outro, pelo Vitória, que visitará o Santos no Pacaembu.

Uma vitória santista, probabilíssima apesar do retrospecto recente do Vitória como visitante, diminuirá a diferença para descontáveis sete pontos.

O Bahia empatou com o Palmeiras depois de estar perdendo por 2 a 0 e bateu no Corinthians.

Não pode cair.

Já o Grêmio, próximo adversário do Corinthians em Itaquera, derrotou o Coritiba por 1 a 0, em Curitiba, recuperou o segundo lugar e ainda pode sonhar.

O Brasileirão sobrevive.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/