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Blog do Juca Kfouri

O Peixe avisa que está vivo

Juca Kfouri

10/09/2017 17h56

Graças a Cássio, que fez dois milagres aos 7 e aos 42 minutos, numa cabeçada venenosa e num chute cara a cara de Ricardo Oliveira, o clássico mais antigo de São Paulo foi para o intervalo sem gols.

O Santos propunha o jogo e o Corinthians, como era de se esperar, esperava um erro santista.


Que aconteceu duas vezes e para proporcionar dois contra-ataques mal aproveitados pelo ataque corintiano. 

Menos pressionado do que se supunha por causa da derrota do Grêmio, o líder era atacado, mas não se impressionava.

O Santos voltou para o segundo tempo com Thiago Ribeiro no lugar de Copete.

Já havia trocado Gustavo Henrique por Luís Felipe, no primeiro tempo, por lesão no zagueiro praiano.

Aos 4, numa jogada toda errada do Corinthians, a bola sobrou para Romero que, da marca do pênalti, chutou forte, mas em cima de Vanderlei, que fez a defesa.

Aos 7, Fagner, cruzou e Jô quase acertou, resposta de um contra-ataque perigoso puxado por Bruno Henrique.

O jogo era mais franco, mais aberto que nos 45 minutos iniciais.


Aos 12, ataque rápido de novo com Bruno Henrique, no desarme de Rodriguinho por Renato, passe para dentro da área, corte de Balbuena para evitar que a bola chegasse a Ricardo Oliveira, mas que permitiu a Lucas Lima bater com categoria e estufar a rede corintiana, aos 13.


No minuto seguinte, Ricardo Oliveira ampliou, mas em impedimento.

O jogo era muito bom.

Camacho foi a troca que Fábio Carille fez, ao tirar Gabriel, aos 21.

Levir Culpi foi obrigado a chamar Leandro Donizete, porque Alison se machucou, aos 30, diante de mais de 12 mil torcedores, que vinham o Corinthians na pressão em busca de um empate que teria gosto de vitória.

Finalmente. Romero saiu aos 32, com a entrada de Clayson.

Vanderlei não deixava passar nem pensamento.

O Santos é que usava os contra-ataques para tentar matar o jogo.

O líder perdia seu terceiro jogo, sempre por 1 a 0, em quatro partidas no segundo turno, e ainda trocou Marciel, que jogou no lugar do essencial Guilherme Arana, por Giovanni Augusto.

Na verdade, era o único jogo que podia perder.

E perdeu por 2 a 0, porque, aos 47, em contra-ataque, Lucas Lima deu para Bruno Henrique dar para Ricardo Oliveira fazer o segundo gol.

Vitória indiscutível.

 A diferença para o Grêmio permanece de sete pontos, mas a para o Santos caiu para nove.

O Peixe avisa que ainda sonha com o Brasileirão, não apenas com o tetra da Libertadores.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/