O Peixe avisa que está vivo
Graças a Cássio, que fez dois milagres aos 7 e aos 42 minutos, numa cabeçada venenosa e num chute cara a cara de Ricardo Oliveira, o clássico mais antigo de São Paulo foi para o intervalo sem gols.
O Santos propunha o jogo e o Corinthians, como era de se esperar, esperava um erro santista.
Que aconteceu duas vezes e para proporcionar dois contra-ataques mal aproveitados pelo ataque corintiano.
Menos pressionado do que se supunha por causa da derrota do Grêmio, o líder era atacado, mas não se impressionava.
O Santos voltou para o segundo tempo com Thiago Ribeiro no lugar de Copete.
Já havia trocado Gustavo Henrique por Luís Felipe, no primeiro tempo, por lesão no zagueiro praiano.
Aos 4, numa jogada toda errada do Corinthians, a bola sobrou para Romero que, da marca do pênalti, chutou forte, mas em cima de Vanderlei, que fez a defesa.
Aos 7, Fagner, cruzou e Jô quase acertou, resposta de um contra-ataque perigoso puxado por Bruno Henrique.
O jogo era mais franco, mais aberto que nos 45 minutos iniciais.
Aos 12, ataque rápido de novo com Bruno Henrique, no desarme de Rodriguinho por Renato, passe para dentro da área, corte de Balbuena para evitar que a bola chegasse a Ricardo Oliveira, mas que permitiu a Lucas Lima bater com categoria e estufar a rede corintiana, aos 13.
No minuto seguinte, Ricardo Oliveira ampliou, mas em impedimento.
O jogo era muito bom.
Camacho foi a troca que Fábio Carille fez, ao tirar Gabriel, aos 21.
Levir Culpi foi obrigado a chamar Leandro Donizete, porque Alison se machucou, aos 30, diante de mais de 12 mil torcedores, que vinham o Corinthians na pressão em busca de um empate que teria gosto de vitória.
Finalmente. Romero saiu aos 32, com a entrada de Clayson.
Vanderlei não deixava passar nem pensamento.
O Santos é que usava os contra-ataques para tentar matar o jogo.
O líder perdia seu terceiro jogo, sempre por 1 a 0, em quatro partidas no segundo turno, e ainda trocou Marciel, que jogou no lugar do essencial Guilherme Arana, por Giovanni Augusto.
Na verdade, era o único jogo que podia perder.
E perdeu por 2 a 0, porque, aos 47, em contra-ataque, Lucas Lima deu para Bruno Henrique dar para Ricardo Oliveira fazer o segundo gol.
Vitória indiscutível.
A diferença para o Grêmio permanece de sete pontos, mas a para o Santos caiu para nove.
O Peixe avisa que ainda sonha com o Brasileirão, não apenas com o tetra da Libertadores.
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