Topo

Blog do Juca Kfouri

Timão passa bem pelo São Paulo

Juca Kfouri

11/06/2017 16h57

Até o 17º minuto do Majestoso o São Paulo não viu a bola, inteiramente envolvido pelo toque de bola do Corinthians que começou o clássico belissimamente, com Romero brilhando até na sutileza.


Foi dele, aos 7, o gol alvinegro, ao receber um lançamento perfeito de Marquinhos Gabriel, nas costas da zaga tricolor, perdidinha da silva.

Tanto que, minutos depois, foi Marquinhos Gabriel quem penetrou por trás dela e desperdiçou a chance de aumentar.

Aí, houve uma falta na intermediária corintiana, frontal.

Bola alçada, Gilberto, em impedimento, tocou de cabeça para empatar.


Surpreendente ver a defesa montada por Fábio Carille tomar gol assim, mas o impedimento, milimétrico,  a absolve, porque agiu como deveria para deixar os adversários fora de jogo.

Então o jogo ficou equilibrado, sem que o domínio do anfitrião resultasse em perigo para os visitantes.


Até que, aos 40, Jô desarmou Maicon, a bola sobrou para Romero que enfiou para o centroavante bater cruzado e no rebote da defesa de Renan sobrar para Gabriel fazer justiça no placar: 2 a 1.

O São Paulo voltou no segundo tempo com Bruno no lugar de Lucão, isto é, abandonou a ideia de jogar com três zagueiros que, de fato, não pareceu bem treinado.

O Corinthians havia proposto o jogo nos 45 minutos iniciais e pareceu deixar o São Paulo propor nos 45 finais durante os primeiros cinco minutos.

Aos 8, porém, Jadson acertou o primeiro escanteio cobrado por ele desde que voltou ao Corinthians e a cabeçada de Pablo tirou lasca da trave.

O jogo ficou foi franco, lá e cá.


Em tabela entre Romero e Jô, Douglas derrubou Jô na área e Jadson fez 3 a 1 ao bater o pênalti, aos 18.

Cícero saiu e Wellington Nem entrou.

O Corinthians derrotava o rival pela quinta vez em sete jogos no seu quintal, sem nunca ter perdido.

E marcava seu oitavo gol em dois jogos. 

Além de manter a liderança e mostrar que a coisa está ficando séria do seu lado.

Sim, até Romero está jogando bem, alías, bem, não, muito bem, o que obriga o blogueiro a se desculpar com ele, pois não.

Clayson entrou no lugar de Marquinhos Gabriel, aos 25.

Por incrível que pareça o São Paulo não explorava o lado direito da defesa adversária, com o improvisado Paulo Roberto no lugar de Fagner.

Rogério Ceni ainda pos Thomás no lugar de Gilberto, que era mais perigoso que Pratto durante o clássico.

Ainda faltava o gol de Jô para alegrar mais de 42 mil torcedores na Arena Corinthians.

Romero, chamado de Romessi, saiu aplaudido e no minuto seguinte Wellington Nem diminuiu surpreendentemente, aos 38.

Tinha jogo!

O que parecia acabado, não estava e o Tricolor tentava pressionar.

O Corinthians teve um contra-ataque para Jadson fazer o quarto gol, não fez, ele saiu e Camacho entrou para fechar, aos 44.

Risco de levar o empate não houve, embora o Corinthians tenha dado mole ao não liquidar um jogo que estava até fácil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/