Vasco vira em clássico empolgante
O Fluminense acordou, tomou café da manhã, almoçou, foi para São Januário enfrentar o Vasco e, no primeiro tempo, voltou a dormir.
Só o Vasco quis jogar e apesar de longe de agradar, ao menos abriu o placar, quando Yago Pikachu pôs a bola na cabeça de Luís Fabiano e o Fabuloso fez 1 a 0, aos 26.
Nem assim o Fluminense se tocou.
Precisou que Paulão lhe desse um escanteio de graça numa furada bizarra para que Nogueira subisse e cabeceasse no travessão, na única bola perigosa tricolor.
Imagine a bronca de Abel Braga no intervalo.
Não deve ter sido pouca, porque o Tricolor voltou outro, tomou as rédeas do clássico e num lance de braço na bola de Jean, aos 13, Henrique Dourado empatou de pênalti.
Nenê foi chamado para o lugar de Pikachu, mas não deu sorte.
Porque quatro minutos depois, Gilberto derrubou Richarlyson na área e Henrique Dourado virou o jogo, ao bater outra vez no lado oposto do goleiro Martin Silva.
O líder, acordado, seguia 100%.
Milton Mendes mudou mais, ao botar o colombiano Manga Escobar no lugar de Kelvin.
Nem o Vasco nem muito menos a torcida cruzmaltina desistiam porque, de fato, a virada havia sido surpreendente.
Tão surpreendente como o belíssimo gol de Manga, aos 30, depois de um drible seco e um chute cruzado, rasteiro, mortal, na bochecha da rede, indefensável.
De morno nos primeiros 45 minutos, o clássico estava quente, quentíssimo.
O empate era justo, mas indesejado pelos dois times.
E, diga-se, coisa rara, com uma arbitragem perfeita Rafael Klaus.
Diante de mais de 20 mil torcedores, Marcos Junior e Muriqui entraram no Flu e no Vasco, aos 36, nos lugares de Douglas e Mateus Vital.
Gustavo Scarpa saiu dois minutos depois para entrada de Marquinho.
Definitivamente, ninguém estava feliz com o empate, a não ser os torcedores de outros times que viam um bom segundo tempo, alentador, principalmente para o Vasco, capaz de jogar de igual para igual como havia tempo não fazia contra o Flu.
Richarlison, esgotado, saiu aos 44 e Maranhão entrou.
No seu primeiro lance, Maranhão quase desempatou.
O fim do jogo foi daqueles de ver com o coração na mão.
Ninguém merecia o castigo de uma derrota.
Mas Nenê, aos 48, recebeu de Manga e fuzilou cruzado para dar uma vitória colossal para o Vasco.
Milton Mendes trouxe nova vida ao Vasco.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/