Espírito e cheiro de porco! E péssimas arbitragens
Deu até pena do Corinthians e do Sport.
Jogando fora de casa, enfrentando times mais fortes, ambos foram fortemente prejudicados pelos assopradores de apito que assolam o futebol brasileiro.
Os dois visitantes, diga-se, jogando melhor que Flamengo e Palmeiras, num Maracanã lindíssimo em preto e vermelho, e num gramado horrível na arena alviverde.
O Corinthians saiu na frente em belo chute de Guilherme logo aos 5 minutos, teve chance para aumentar, mas levou o empate de Guerrero em impedimento daqueles que não cabem dúvida e na cara do levantador de bandeirinhas.
Uma vergonha!
Já o Sport exigia muito mais de Jaílson, o Paredão Tranquilo, que o Sport de Magrão.
E Mina levantou o braço como se fosse fazer um bloqueio, fez, e ninguém marcou o pênalti claro.
Na sequência, em contra-ataque, Dudu fez 1 a 0, ao receber de Moisés que havia recebido de Allione, que tinha recebido de Jaílson.
O Sport ainda empatou, com Rogério, mas Tchê Tchê, no fim do primeiro tempo, pôs o Palmeiras na frente: 2 a 1.
Do mesmo modo, em contra-ataque perfeito, o Corinthians também fez 2 a 1, com Rodriguinho.
Mas era para estar vencendo por 2 a 0 enquanto o Sport perdia injustamente.
O Flamengo voltou com Fernandinho no segundo tempo, no lugar de Mancuello.
E voltou para empatar logo, em cima do Corinthians.
Logo aos 7 Fernandinho pôde, mas não conseguiu.
Aos 13, em cobrança de escanteio, Guerrero conseguiu, ao pegar rebote de Walter, aí sim, em gol legal: 2 a 2.
O autor dos gols qe valeram o bicampeonato mundial de clubes ao Alvinegro dificultava a vida do Corinthians para voltar à Libertadores.
O Maraca enlouqueceu e o Mengo tomou conta do clássico das maiores torcidas do país.
O Corinthians era só tentativas de contra-ataques e marcação cercada.
O Palmeiras tentava liquidar o jogo, se impor, o que não havia feito no primeiro tempo. E não corria riscos.
Mas, aos 29, Diego Souza soltou um foguete e Jaílson fez uma defesaça, para fazer outra, em seguida, na cobrança do escanteio e uma cabeçada certeira.
Enquanto isso, aos 30, Guilherme, infantilmente, foi expulso de campo no Maracanã, e Leandro Damião entrou no lugar de William Arão.
Segurar o Flamengo seria missão quase impossível e Walter evitou o terceiro gol rubro-negro, de Emerson Sheik, o que seria demais para a torcida corintiana que o tem como ídolo.
Só dava Flamengo.
Oswaldo de Oliveira sacou Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto e pôs Marlone e Camacho, além de tirar Romero e botar Lucca.
Depois de uma blitz corintiana, no contra-ataque, Walter evitou novamente o gol carioca, num passe de Sheik que tinha endereço certo para Damião.
O jogo era lá e cá, com o Flamengo aberto em busca da vitória de que precisava.
Chiquinho entrou no lugar de Jorge em busca dos três pontos.
Aos 44, livre, Guerrero perdeu de cabeça o gol da vitória diante de 65 mil torcedores, 54 mil pagantes que viram, ainda, em seguida, Sheik também desperdiçar.
Prevalecia o espírito de porco corintiano no Rio e o cheiro de porco palmeirense em São Paulo.
O Palmeiras está seis pontos à frente do Flamengo ao faltarem seis rodadas.
O Verdão pode dispensar duas rodadas.
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