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Blog do Juca Kfouri

Espírito e cheiro de porco! E péssimas arbitragens

Juca Kfouri

23/10/2016 18h54

Deu até pena do Corinthians  e do Sport.

Jogando fora de casa, enfrentando times mais fortes, ambos foram fortemente prejudicados pelos assopradores de apito que assolam o futebol brasileiro.

Os dois visitantes, diga-se, jogando melhor que Flamengo e Palmeiras, num Maracanã lindíssimo em preto e vermelho, e num gramado horrível na arena alviverde.


O Corinthians saiu na frente em belo chute de Guilherme logo aos 5 minutos, teve chance para aumentar, mas levou o empate de Guerrero em impedimento daqueles que não cabem dúvida e na cara do levantador de bandeirinhas.

Uma vergonha!

Já o Sport exigia muito mais de Jaílson, o Paredão Tranquilo, que o Sport de Magrão.

E Mina levantou o braço como se fosse fazer um bloqueio, fez, e ninguém marcou o pênalti claro.

Na sequência, em contra-ataque, Dudu fez 1 a 0, ao receber de Moisés que havia recebido de Allione, que tinha recebido de Jaílson.

O Sport ainda empatou, com Rogério, mas Tchê Tchê, no fim do primeiro tempo, pôs o Palmeiras na frente: 2 a 1.

Do mesmo modo, em contra-ataque perfeito, o Corinthians também fez 2 a 1, com Rodriguinho.

Mas era para estar vencendo por 2 a 0 enquanto o Sport perdia injustamente.

O Flamengo voltou com Fernandinho no segundo tempo, no lugar de Mancuello.

E voltou para empatar logo, em cima do Corinthians.

Logo aos 7 Fernandinho pôde, mas não conseguiu.

Aos 13, em cobrança de escanteio, Guerrero conseguiu, ao pegar rebote de Walter, aí sim, em gol legal: 2 a 2.

O autor dos gols qe valeram o bicampeonato mundial de clubes ao Alvinegro dificultava a vida do Corinthians para voltar à Libertadores.

O Maraca enlouqueceu e o Mengo tomou conta do clássico das maiores torcidas do país.

O Corinthians era só tentativas de contra-ataques e marcação cercada.

O Palmeiras tentava liquidar o jogo, se impor, o que não havia feito no primeiro tempo. E não corria riscos.

Mas, aos 29, Diego Souza soltou um foguete e Jaílson fez uma defesaça, para fazer outra, em seguida, na cobrança do escanteio e uma cabeçada certeira.

Enquanto isso, aos 30, Guilherme, infantilmente, foi expulso de campo no Maracanã, e Leandro Damião entrou no lugar de William Arão.

Segurar o Flamengo seria missão quase impossível e Walter evitou o terceiro gol rubro-negro, de Emerson Sheik, o que seria demais para a torcida corintiana que o tem como ídolo.

Só dava Flamengo.

Oswaldo de Oliveira sacou Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto e pôs Marlone e Camacho, além de tirar Romero e botar Lucca.

Depois de uma blitz corintiana, no contra-ataque, Walter evitou novamente o gol carioca, num passe de Sheik que tinha endereço certo para Damião.

O jogo era lá e cá, com o Flamengo aberto em busca da vitória de que precisava.

Chiquinho entrou no lugar de Jorge em busca dos três pontos.

Aos 44, livre, Guerrero perdeu de cabeça o gol da vitória diante de 65 mil torcedores, 54 mil pagantes que viram, ainda, em seguida, Sheik também desperdiçar.

Prevalecia o espírito de porco corintiano no Rio e o cheiro de porco palmeirense em São Paulo.

O Palmeiras está seis pontos à frente do Flamengo ao faltarem seis rodadas.

O Verdão pode dispensar duas rodadas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/