Verdão ganha muito bem e Mengão ganha mal
O Palmeiras, hexacampeão brasileiro em 1967/69/72/73/93/94 (0 blog considera os "Robertões" de 1967/69 como Campeonatos Brasileiros, mas não as Taças Brasil de 1960 e 1967, o que não as diminui em nada), recebeu o Atlético Paranaense, campeão de 2001.
De cara, a "nova arbitragem" começou vexaminosa.
O assoprador de apito deixou de apitar um pênalti do goleiro Weverton em Gabriel Jesus e ia expulsar Barrios de campo por simulação quando foi alertado que o cartão amarelo deveria ser dado para Paulo André que, de fato, fizera falta no atacante palmeirense.
Aos 19 minutos um belo lançamento de Cleiton Xavier para Gabriel Jesus acabou em passe para gol de Roger Guedes — 1 a 0 para o Palmeiras que procurava a vitória e mostrava a cara mais acabada de Cuca, competitivo e rápido.
Em 18 segundos no segundo tempo Gabriel Jesus liquidou as piores intenções paranaenses ao receber mais um passe de Cleiton Xavier, o pensador que faltava ao Palmeiras, para fazer 2 a 0.
Abria-se a possibilidade da goleada na casa verde.
Que começou a ser construída por Thiago Martins, de cabeça, aos 7, aproveitando cobrança de escanteio pela esquerda.
Quem bateu o escanteio?
O Palmeiras vencia e agradava, diante de 33.629 torcedores.
Para facilitar, aos 15, o assoprador deu o segundo cartão amarelo, com exagero, para o lateral Léo e deixou o Furacão com 10, ou seja, o deixou Furaquinho.
Cleiton Xavier, cansado, pediu para sair aos 25, foi justamente muito aplaudido, e Moisés o substituiu.
Para fechar a goleada, aos 41, em ótima troca de passes de um time que mostrou diversas jogadas ensaiadas, Gabriel Jesus fez o quarto gol com a categoria que trouxe do berço.
O campeão paranaense sucumbia sem reação e o assoprador terminou o show antes dos 45 minutos. Pode?
Apontado como um dos favoritos ao título, o Palmeiras justificou o prognóstico, num gramado ainda longe do que deveria ser.
Já Flamengo e Sport jogaram pela 28ª vez desde 1987, o ano em que não jogaram entre si porque o rubro-negro carioca não tinha mesmo que jogar, legítimo campeão brasileiro daquele ano.
De lá para cá, o Flamengo venceu 13 vezes e perdeu seis, marcou 40 gols e sofreu 30.
Hoje, em Volta Redonda, diante de 7.983 torcedores, logo aos 4 minutos fez o 41º gol no rival pernambucano, com Éverton, resultado da pressão inicial dos cariocas.
Foi o primeiro gol do Brasileirão-16 e foi tudo digno de nota no primeiro tempo, um jogo que quase não saiu do meio de campo.
Verdade que, aos 24 minutos, o Sport teria empatado o jogo não fosse um impedimento mal marcado pelo levantador de bandeirinhas.
Já no segundo tempo, antes ainda do segundo minuto, Rithely solou Cuéllar e levou o cartão vermelho, para facilitar a vida do Flamengo.
Nem assim o time de Muricy Ramalho rendeu e a vitória pobre não convenceu, embora o goleiro Magrão tenha evitado a ampliação do placar e o Flamengo não tenha corrido nenhum risco.
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