Feio não é bonito
A impressionante segunda classificação do Atlético de Madrid em tão pouco tempo para a final da Liga dos Campeões suscita os mais diferentes comentários.
Ainda mais que deixou pelo caminho, graças ao gol qualificado ou ao saldo de gols, dois dos três melhores times do mundo, o Barcelona e o Bayern Munique.
Quem sabe, caso logo mais o Real Madrid passe pelo Manchester City como se espera, possam os colchoneros derrubar também os madridistas e vingar a derrota dramática de 2014.
Os adeptos de um futebol mais cascudo ao estilo de Diego Simeone, que comanda uma equipe incomparavelmente menos estrelada do que os outros três, estão em estado de graça.
Para simplificar, o feio ganhou do bonito porque, no caso, não se pode dizer, como em relação ao Leicester, que Davi venceu os Golias, porque seria exagero diminuir o tamanho do Atlético.
E quem ama o feio bonito lhe parece.
Este blog não comemora, ao contrário, embora reconheça a façanha, lamenta.
Porque queria ver uma final entre Barcelona e Bayern.
Sente até um travo amargo, como na Copa do Mundo de 1982.
Mas concorda que exatamente por essas coisas o futebol é o esporte mais apaixonante de todos.
O que não diminui a frustração.
Nem a admiração pelo trabalho revolucionário de Pep Guardiola e pela maravilha do trio MSN.
A caixinha de surpresas perdeu.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/