Onze vezes Real Madrid!
Teve de tudo na final da Liga dos Campeões, embora nem tanto futebol.
Sergio Ramos, o carrasco do Atlético na final de 2014, abriu o placar aos 15 minutos de jogo, em impedimento, daqueles dificílimos, que absolvem o bandeirinha.
Então o jogo ficou como o Real queria, com a bola nos pés do rival, o que não é exatamente a especialidade dos colchoneros.
No começo do segundo, o inglês encarregado de assoprar o apito inventou um pênalti para o Atlético num lance em que Pepe sofreu falta de Fernando Torres.
Mas Griezmann soltou uma bomba, no meio do gol, no travessão.
Zinedine Zidane tirou Benzema e Kroos e o 1 a 0 parecia definitivo quando, aos 34, Carrasco foi o Sergio Ramos do Real Madrid e empatou o jogo.
Carrasco amoroso comemorou o gol com um beijo na namorada.
Ramos, aliás, mereceu ser expulso no fim do jogo e o "whistle blower" contemporizou com um mero cartão amarelo.
Veio a prorrogação.
Com Cristiano Ronaldo longe de ser ele e com Bale sentindo câimbras, era incômoda a situação madridista.
Imagine Madrid inteira olhando para Milão, palco da grande final.
E o rei da Espanha, o número 1 da família real, torcendo para o Atlético, o time dos operários madrilenhos.
Teria de torcer ainda mais porque os 30 minutos de sofrimento não resolveram a parada.
Vieram os pênaltis. Cadê pernas, cadê cabeça?
Quando estava 4 a 3, numa sucessão incrível de cobranças bem feitas, extremamente frias, Juanfran bateu na trave e Cristiano Ronaldo fez 5 a 3 e deu o 11º título europeu ao time merengue.
Não que o Real não mereça, longe, muito longe disso.
Mas que é uma maldade cruel do deus dos estádios com o Atlético de Diego Simeone lá isso é.
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