Morre um gênio do futebol
Pense num gênio que mudou o futebol.
Alguém capaz de jogar em qualquer parte do campo e decidir jogos de todos os modos possíveis e imagináveis.
Pense em uma mistura da cabeça de Tostão, de Sócrates, e a versatilidade de Maradona, de Messi.
Pense quase no Pelé.
Líder do grande Ajax, da Laranja Mecânica holandesa, do Barcelona.
Imagine que depois ele tenha virado técnico e esteja na origem do que é hoje o jeito catalão de jogar.
Você pensou em Johan Cruyff que, aos 68 anos, acaba de ser vencido por um câncer no pulmão, fruto de uma vida inteira tabagista.
Prova de que os deuses também morrem.
No alto do pódio mundial do futebol, Cruyff faz companhia a Pelé, Mané Garrincha, aos três Ronaldos, a Di Stéfano, Maradona e Messi, a Zidane, todos latinos.
Menos ele: o melhor jogador não latino da história do futebol mundial.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/