A comissão do impeachment e a bancada da bola
Além das piadas prontas como Paulo Maluf e Paulinho da Farsa (ops, da Força) na comissão, a bancada da bola está muito bem mal representada entre os parlamentares que decidirão sobre o impeachment de Dilma Rousseff.
Nela estão Vicente Cândido (PT-SP), José Rocha (PR-BA), Marcelo Aro (PHS-MG), Washington Reis (PMDB-RJ) e, principalmente, Jovair Arantes ( PTB-GO), relator da comissão.
Cândido e Aro são diretores da CBF, a entidade corrupta cuja camisa muitos usam com o pretexto de combatê-la e que tem tal consciência pesada sobre isso que ontem lançou um novo modelo clandestinamente, com medo de protestos.
Rocha estuprou a Lei Pelé e o Estatuto do Torcedor e é cartola do Vitória.
Reis, cartola do Tigres fluminense, é íntimo de Eurico Miranda e de Eduardo Cunha, candidato, derrotado, da CBF para ser o relator da Profut.
E Arantes, cartola do Atlético Goianiense, é o deputado que quis passar um contrabando numa Medida Provisória que não tinha nada a ver com futebol para anistiar a dívida dos clubes, além de ser financiado por Carlinhos Cachoeira.
Se não bastasse, a maioria, 40 dos 65 membros, recebeu dinheiro de empresas investigadas na Lava Jato, algo em torno de 10 milhões de reais.
E 21 deles estão sendo investigados, na dependência do STF.
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