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Blog do Juca Kfouri

Palmeiras justíssimo campeão!

Juca Kfouri

03/12/2015 00h15

O primeiro tempo da decisão da Copa do Brasil cumpriu com todas as expectativas.

Só faltou o gol e quem mais o mereceu foram os donos da casa alviverde.

  
Com 10 segundos o menino Gabriel Jesus teve o gol à disposição e permitiu grande defesa de Vanderlei.

Sete minutos depois Fernando Prass também impediu o gol de Marquinhos Gabriel e a trave, no rebote, impediu o de Victor Ferraz.

Daí em diante o Palmeiras espremeu o Santos e Barrios quase encobriu Vanderlei em nova grande defesa.

O Santos perdeu David Braz logo de cara e o Palmeiras perdeu Gabriel Jesus, ambos por contusão.

Os dois saíram da decisão em prantos.

Lucas Lima, Ricardo Oliveira e Gabriel não deram o ar da graça deles e ninguém de verde decepcionava, ao contrário, o Palmeiras fazia seu melhor jogo em muito tempo.

Mas, no intervalo, o campeão era o Santos.

Onze minutos depois de o recomeço do jogo, não era mais.

  
  
Em grande jogada de Barrios como pivô para Robinho, Dudu recebeu com o gol vazio e abriu a contagem: 1 a 0.

No mínimo, teríamos pênaltis para decidir a taça.

Dorival Júnior, então, trocou Gabriel, desaparecido,  por Geuvânio.

O Palmeiras também trocou Barrios, machucado, por Cristaldo, para tristeza de quase 40 mil torcedores, aos 25.

Lucas Taylor substituiu João Pedro, com cartão amarelo, uma decisão temerária de Marcelo Oliveira.

Então,  aos 39, Robinho levantou a bola na área, a defesa santista bobeou e Dudu voltou a marcar: 2 a 0.

Era justíssimo.

Só que, dois minutos depois, quem bobeou foi a defesa palmeirense em cobrança de escanteio e quem se aproveitou foi o artilheiro do ano, Ricardo Oliveira: 2 a 2 no placar agregado.

Pênaltis no horizonte.

O assoprador de apito, que errou ao dar impedimento de Ricardo Oliveira em lance agudo aos 45, deu, covardemente,  apenas um minuto de acréscimo.

Pênaltis no gramado.

Marquinhos Gabriel, ex-Palmeiras, escorregou e mandou por cima.

Zé Roberto, ex-Santos, e fez 1 a 0, com perfeição.

Gustavo Henrique bateu e Prass defendeu.

Rafael Marques não passou por Vanderlei.

Geuvânio empatou: 1 a 1.

Jackson bateu forte para fazer 2 a 1.

Lucas Lima empatou.

Cristaldo, o amuleto, não deixou por menos: 3 a 2.

Ricardo Oliveira empatou.

Prass bateu o pênalti do título!

O Palmeiras está na Libertadores.

O Santos terá tempo para se arrepender de ter adiado o jogo de ida e poupado seu time contra o Coritiba e contra o Vasco.

O Palmeiras se vingou do estadual e provou mais uma vez que favoritismo não ganha jogo.

Marcelo Oliveira ganhou a primeira de quatro decisões que disputou da Copa do Brasil.

E, depois de São Marcos, o Palmeiras tem um novo goleiro para sua história: Fernando Prass.

  

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/