Uma história roubada
O "Blog de Daniel Brito", aqui no UOL, contou ontem uma história que honra uma intelectual e desonra uma cartola.
A intelectual, Katia Rubio, depois de mais de uma década de pesquisas, gravou e publicou uma obra monumental sobre todos os brasileiros que participaram, como atletas, de Olimpíadas.
Brito, é claro, deu o nome da pesquisadora, mas não a de quem tentou fraudar a obra dela, porque, provavelmente, a própria autora, constrangida, não autorizou.
A história está AQUI, como Brito, com brilho, a publicou.
O nome de quem falsificou a história é Cristiane Paquelet (foto), uma ex-nadadora do Fluminense que depôs como se tivesse participado da Olimpíada de Munique, em 1972, para indignação das nadadoras que, de fato, foram aos Jogos na Alemanha e tiveram suas histórias, de certa forma, furtadas pela farsa.
Seria apenas um caso para os consultórios de psicologia não fosse o fato de a museóloga Paquelet ser simplesmente Diretora Cultural do Comitê Olímpico do Brasil, em tese uma guardiã de nossa memória olímpica, com sala ao lado de Carlos Nuzman, o cartola que preside o COB e o Rio-16.
A ironia nisso tudo está em que quando Katia Rubio, a autora da magistral obra "Atletas Olímpicos Brasileiros", anunciou sua pesquisa, Paquelet tentou impedir, na Justiça, a utilização da palavra "olímpicos", ação que expôs o COB ao ridículo.
É nessas mãos que estão os temas do olimpismo brasileiro.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/