Los animales vuelven a atacar
Ia começar o quarto tempo do "Superclássico", entre Boca Juniors e River Plate, na Bombonera.
A exemplo dos 90 minutos iniciais no Monumental de Nuñes, quando o River vencera por 1 a 0, o jogo era mais violento que jogado.
Mas na volta para os 45 minutos finais, com 0 a 0 no placar, torcedores do Boca jogaram gás de pimenta no jogadores do River.
Verdadeiros animales.
Que, como sabemos, há por aqui como lá.
O episódio, jamais desvendado, do gás jogado no vestiário do São Paulo em jogo no Parque Antarctica, em 2008, se parece com o da Bombonera.
O pior é que pode virar moda porque maus exemplos frutificam, apodrecidos mas frutificam, como se sabe.
Difícil imaginar que o Boca Juniors, queridinho da Conmebol, se livre de grave punição mais uma vez.
Mas lembremos que outros animais, disse animais, não animales, em Oruro, até mataram um garoto de 14 anos com um sinalizador.
Esta é a Libertadores.
Feita à imagem e semelhança dos nossos cartolas, dos que falam português e espanhol na América do Sul.
A copa da impunidade.
Cartolas e vândalos impunes estão matando o futebol deste lado do mundo, enquanto na Europa só floresce.
O "Superclássico da Pimenta" entra para a história como tragédia.
O jogo, depois de mais de uma hora de hesitação das autoridades, preocupadas com a reação de 50 míl pessoas na Bombonera, entre elas sabe-se lá quantos animales, foi suspenso.
Não havia mesmo o que fazer.
O River deve ser o próximo adversário do Cruzeiro.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 15 de maio de 2015, que você ouve aqui.
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