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Blog do Juca Kfouri

Ele se chama Marin. Mas pode chamar de Judas

Juca Kfouri

20/03/2015 06h55

 

 

José Maria Marin, em fim de desastrosa carreira na CBF, declarou em tom de despedida que seu maior legado foi a casa própria da entidade, que ele construiu e, modestamente, batizou com seu nome.

Sim, o prédio da CBF tem seu nome e não o de Pelé, Mané Garrincha, Romário ou Ronaldo.

Pior que enaltecer a casa própria que não comove nenhum torcedor brasileiro foi, traiçoeiramente, atribuir exclusivamente a Felipão e Parreira, escolhas dele, Marin, para substituir Mano Menezes, a responsabilidade pelo 7 a 1.

Judas Iscariotes não faria melhor.

Marin disse que Thiago Silva e Neymar deveriam ter sido substituídos assim que a Seleção Brasileira fez 2 a 0 contra a Colômbia, pois ambos tinham cartão amarelo.

Ele se esquece de que a Colômbia fez 1 a 2  mesmo com Thiago e Neymar em campo e que esteve perto de empatar o jogo das quartas de final da Copa, tarefa que seria facilitada com as ausências dos dois.

Além do mais, Thiago Silva levou o segundo cartão amarelo quando o jogo ainda estava 1 a 0, ou seja, já suspenso do jogo contra a Alemanha, pelas semifinais.

Marin, que hoje fala de Dunga o mesmo que antes falava de Felipão, apenas, perdeu mais uma oportunidade de ficar calado e, em bom português, já vai tarde, no dia 16 de abril.

Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 20 de março de 2015, que você ouve aqui.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/