Ele se chama Marin. Mas pode chamar de Judas
José Maria Marin, em fim de desastrosa carreira na CBF, declarou em tom de despedida que seu maior legado foi a casa própria da entidade, que ele construiu e, modestamente, batizou com seu nome.
Sim, o prédio da CBF tem seu nome e não o de Pelé, Mané Garrincha, Romário ou Ronaldo.
Pior que enaltecer a casa própria que não comove nenhum torcedor brasileiro foi, traiçoeiramente, atribuir exclusivamente a Felipão e Parreira, escolhas dele, Marin, para substituir Mano Menezes, a responsabilidade pelo 7 a 1.
Judas Iscariotes não faria melhor.
Marin disse que Thiago Silva e Neymar deveriam ter sido substituídos assim que a Seleção Brasileira fez 2 a 0 contra a Colômbia, pois ambos tinham cartão amarelo.
Ele se esquece de que a Colômbia fez 1 a 2 mesmo com Thiago e Neymar em campo e que esteve perto de empatar o jogo das quartas de final da Copa, tarefa que seria facilitada com as ausências dos dois.
Além do mais, Thiago Silva levou o segundo cartão amarelo quando o jogo ainda estava 1 a 0, ou seja, já suspenso do jogo contra a Alemanha, pelas semifinais.
Marin, que hoje fala de Dunga o mesmo que antes falava de Felipão, apenas, perdeu mais uma oportunidade de ficar calado e, em bom português, já vai tarde, no dia 16 de abril.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 20 de março de 2015, que você ouve aqui.
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