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Blog do Juca Kfouri

Galo B é tungado no Beira-Rio e Inter arranca vitória dramática

Juca Kfouri

22/11/2014 21h30

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Com o Beira-Rio tomado por 38 mil torcedores, 33.440 pagantes, e ansioso, o time do Inter entrou na pilha da torcida e também pareceu não se conformar com a dificuldade imposta pelo Galo B em sua casa.

Criar, criou quase nada além do gol, de Rafael Moura em jogada de Jorge Henrique pela esquerda, aos 22.

Mas de tão nervoso, levou quatro cartões amarelos no primeiro tempo e fez dois pênaltis, apenas um marcado e convertido por Dodô para empatar no dois minutos depois do gol colorado.

O pênalti bem marcado foi de Fabrício em Eduardo, um abraço fora da hora e do lugar em lance, iniciado, para variar, com cobrança de lateral pela esquerda, por Pedro Botelho.

O não marcado foi de Gilberto, que meteu os dois braços na bola dentro da área no fim da etapa inicial.

Placar moral, e técnico: Galo 2 a 1.

O segundo tempo vivia o mesmo diapasão quando, aos 13, Rafael Moura desperdiçou uma chance incrível, praticamente atrasando a bola para Victor.

A resposta do Galo veio no contra-ataque, mas a chance criada caiu nos pés errados, de Pierre.

O He-Man não pode perder os gols que perde. Pierre pode.

Pois eis que o centroavante colorado teve outra chance, de cabeça, aos 20, e desta vez Victor fez ótima defesa.

Alex empurrou Eduardo na área e o assoprador de apito não marcou o pênalti novamente…

A mecânica de jogo do Galo B é rigorosamente igual à do Galo A, mas a pressão gaúcha foi crescendo a ponto de Abelão botar Valdívia no lugar de Gilberto, fazendo Jorge Henrique as vezes de lateral.

Levir Culpi, frio e calculista, não mexia no time, à espreita de um contra-ataque em meio à cantoria incessante do Beira-Rio.

Os meninos do Galo B passavam por uma nova prova de fogo e passavam bem.

Taiberson entrou no lugar de Jorge Henrique, aos 29.

Mais um menino, Donato, estreava no Galo aos 31, no lugar de Edcarlos, com dores na coxa esquerda.

Alan Costa, em cobrança de escanteio pela direita, quase desempatou para o Inter, aos 37.

Aos 39, Wellington Paulista entrou no lugar de Alex para o tudo ou nada e Dodô pediu para sair e Paulinho, mais um da base, entrou.

Aos 41, outra cabeçada de He-Man por cima.

No penúltimo minuto o Galo teve um impedimento equivocadamente marcado em lance que deixou Daniel na cara do gol.

E, no lance seguinte, aos 49, Fabrício achou o gol da vitória, chutando rente ao poste.

O Inter volta ao terceiro lugar pelo menos por uma noite e segue sonhando com a Libertadores, graças também às arbitragens de hoje e do jogo contra o São Paulo, porque futebol é assim e os assopradores erram muuuuito.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/