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Blog do Juca Kfouri

Pênalti inexistente abre a virada do líder

Juca Kfouri

11/09/2014 22h22

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Quando Rafael Miranda, aos 29 minutos de jogo, num raro contra-ataque do Bahia, abriu o placar no Mineirão, com 20.800 pagantes, juro que pensei: "será como contra a Chapecoense. O Cruzeiro vira e goleia".

Até ali, Manoel já havia cabeceado uma bola na trave e Lucas Silva carimbado o travessão baianos num petardo em cobrança de falta.

Desnecessário dizer que a diferença entre o líder e o lanterna do Brasileirão é abissal.

Nem por isso se justificou o pênalti dado ao time mineiro, aos 4 minutos do segundo tempo, que Everton Ribeiro converteu para empatar e que ainda levou Titi e ser expulso de campo.

No começo da semana o presidente do clube baiano, Fernando Schmidt deu uma entrevista ao globo.com em que foi claríssimo: "Nós temos a perseguição e o boicote externo comandado pela CBF, pela coragem que tivemos de denunciar os desmandos da CBF no futebol brasileiro e propor sua reformulação completamente. Nós temos que nos precaver com relação a isso. Ou você acha que as arbitragens do Esporte Clube Bahia não são escolhidas a dedo para prejudicar o Bahia? (…) Recebi ameaça no sentido de que se não baixasse meu tom, quem iria sofrer era o Bahia", declarou o presidente tricolor.

Muito melhor e com 11 contra 10, não demorou para Ricardo Goulart fazer o gol da virada cruzeirense e manter os sete pontos que tem de dianteira sobre o vice-líder São Paulo.

Diferentemente do pênalti mal dado contra o Figueirense, que abriu a goleada do time azul no primeiro turno, também no Mineirão, de resto surrupiado em sete pontos em outros jogos, desta vez, sem dúvida, o erro do apitador foi decisivo, porque Ricardo Goulart se atirou ao sentir que foi tocado pelo zagueiro baiano, num lance em que a queda foi forçada.

E quem pagou o pato foi o time da Boa Terra, que ainda levou uma terceira bola na trave, chutada por Everton Ribeiro no fim do jogo.

Depois do apito final, o assoprador de apito ainda expulsou o baiano Fael.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/