Nada de novo sob o sol
Até as traves sabem que enquanto não se romper a estrutura de poder que vigora há décadas em nosso futebol nada, de fato, mudará.
Por aqui discutimos muito mais as consequências do que as causas.
O nome do novo velho técnico pouco importa porque se fosse o de Pep Guardiola daria no mesmo.
O problema do futebol brasileiro é muito maior do que ganhar Copas do Mundo, tanto que já ganhou cinco e segue o cacareco que é, incapaz de organizar ao menos um campeonato atraente e rentável.
Ganhar Copas interessa aos cartolas da CBF e seus patrocínios milionários, em regra oportunistas, mas que fazem a alegria deles e de seus intermediários.
Ao futebol brasileiro interessa renovar-se, voltar a criar talentos, ter jogos bem disputados e estádios cheios, com jogadores que entendam o esporte que praticam e técnicos conscientes de que o papel deles deve ser o de maestros que garantam bom espetáculos.
Para isso é necessário um choque de gestão, uma ruptura, uma revolução que certamente não será comandada pelos herdeiros de João Havelange, o idealizador de uma festa para poucos eleitos.
O Brasil jamais foi "o país do futebol" embora goste de autoenganar-se a respeito.
Já foi, sem dúvida, o maior produtor de talentos do futebol mundial, mas faz tempo que não é mais.
Por enquanto é o país do 7 a 1.
Seguirá sendo com esta gente que está aí.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/