A incógnita Gilmar Rinaldi
Digamos que Gilmar Rinaldi tivesse sido indicado pelo Papa Francisco.
Os católicos, ao menos os católicos!, diriam que era uma indicação acima de quaisquer suspeitas, mesmo sendo o ex-goleiro empresário de atletas, um agente Fifa, rótulo que não pega bem para ninguém.
Indicado por quem foi, pega pior, embora deva ter o benefício da dúvida.
Conheci Gilmar apresentado por Paulo Roberto Falcão, em 1979, quando ele era o goleiro reserva do Inter (o titular era o paraguaio Benitez) na campanha invicta do Colorado no Brasileirão daquele ano.
De lá para cá sempre mantivemos boa relação, embora considere que ele tenha falhado gravemente como empresário de Adriano, o Imperador, exatamente por ter sempre empurrado a doença do craque com a barriga, em vez de ajudá-lo, de fato, a superá-la.
Perdeu, assim, tempo, dinheiro e, principalmente, uma oportunidade de ser realmente útil a quem precisava.
Como superintendente do Flamengo não deixou boa impressão, ao contrário, homem de confiança de Edmundo "Eu não sou um criminoso comum" Santos Silva.
Enfim, e infelizmente, não há nenhum motivo para apostar numa indicação da dupla Marin/Nero.
Aguardemos.
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